A questão da erotização infantil é algo que tem ganhado ênfase na atualidade. Desde os primeiros estudos de Sigmund Freud o desenvolvimento não só sexual, mas psicológico das crianças tem sido alvo de muitos debates e discussões sobre até onde o público infantil pode ser exposto a conteúdos eróticos. No Brasil, o debate sobre o tema ganhou destaque principalmente após a popularização de músicas com teor sexual. Em primeira análise, segundo a Biologia, o ser humano é a espécie com o maior período destinado a aprendizagem, a infância, onde o indivíduo se preocupa em compreender o mundo a sua volta e com o amadurecimento sexual sendo atrasado até a adolescência. Porém, com o desenvolvimento dos meios de comunicação das crianças tem acesso a conteúdos adultos, como a pornografia, o que acarreta muitas vezes na adultização dessas crianças. Essa conjuntura, infelizmente, está cada vez mais presente na contemporaneidade contrariando e antecipando as fases do desenvolvimento infantil. Em segunda análise, a erotização infantil no Brasil vem aumentando em especial pela popularização de músicas, desenhos e programas de TV com grande teor sexual. A exemplo disso existem os ‘’Funks’’ que em sua maioria apresentam conteúdo sexual explícito que eminentemente, por meio da mídia e das redes sociais chegam até as crianças. Essa lamentável realidade passa muitas vezes despercebida até mesmo pelos pais. Diante o exposto torna-se necessária uma mudança para alterar essa problemática. Cabe a família, essencialmente os pais ou responsável, garantir a integridade e a continuação da infância da criança impedindo-a de ouvir, assistir ou entrar em sites com conteúdos pornográficos. Além disso, o Estado deve promover a criação de leis que proíbam a passagem de conteúdo sexual na Televisão aberta em horários nobres, garantindo assim, um desenvolvimento infantil saudável.