Em plena Era de velocidade da informação, é notório que conteúdos digitais que banalizam os atos sensuais e sexuais têm atingido a população infantil, visto que essa, hodiernamente, possui gradativamente mais acesso às mídias, e não enfrentam quaisquer dificuldades em acessar tais conteúdos. Nesse âmbito, a erotização infantil no Brasil tem tornado-se um impasse para o processo seguro de passagem pela infância, e causado imbróglios para a formação crítica e comportamental da criança. Dessa forma, faz-se necessário o controle de tais conteúdos, bem como maior atenção por parte da família em relação ao possível desvio de comportamento tipicamente infantil. Em um de seus estudos, Zygmunt Bauman entende que, em tempos de modernidade líquida, a base familiar deixa de ser uma Instituição Social sólida. Diante desse preceito, é evidente que a problemática encontra-se na falta de acompanhamento familiar em relação aos conteúdos expostos às crianças, dado que, diante de tal postura, seria possível evitar o contato com ideias que possam influenciar negativamente os pequenos, e causar uma adultização precoce. Sendo assim, é preciso que haja uma maior disponibilidade dos pais para fiscalizar as atividades das crianças dentro das mídias, e incentivar que elas busquem participar de atividades que sejam positivas para sua fase. Indubitavelmente, a questão da facilidade de acesso aos conteúdos explícitos na internet é também um impasse no caminho do combate à erotização infantil, posto que a população infantil não encontra qualquer obstáculo para visualizar tais informações. Uma consequência disso, é que a presença de referências de comportamentos sexuais fez com que ocorresse o aumento de casos de crianças de 10 a 14 anos que engravidaram em 2012, segundo pesquisa do IBGE. Assim sendo, torna-se um desafio a conscientização das crianças no que se refere a essas influências, visto que por esses motivos, o acesso a essas mídias tornaram ainda mais comum o comportamento adulto em crianças. Destarte, é necessário que haja intervenção por parte do Poder Executivo por meio de maior fiscalização das leis que abordam a exposição infantil a conteúdos adultos, e maior fiscalização também por parte dos pais com os comportamentos que fujam da perspectiva infantil, e em relação às mídias. Isso posto, é possível que haja maior aproveitamento da fase de criança, e assim, diminuir a erotização infantil no país.