No contexto social vigente nota-se a existência da problemática da erotização infantil. Esse processo tem suas causas e consequências originadas na modernização da sociedade. Além disso, retira a vivência da primeira infância, que é extremamente importante para o desenvolvimento da criança. A cultura é um processo mutável, e em razão a esse fato, devem haver mudanças para que essa situação não se torne banal e se impregne na sociedade. A exposição das crianças à conteúdos inapropriados é uma das principais razões para a erotização. A facilidade de acesso à esses conteúdos tem sido cada vez maior. Sites pornográficos, aplicativos de relacionamento e vídeos de danças eróticas são alguns exemplos que tem tido grande repercussão online, o que proporciona a sustentação do problema. Há também o fato de que as programações dos canais de televisão não têm tido relação alguma com o horário em que são exibidas. Desta forma, cenas impróprias estão disponíveis a qualquer horário, sem pudor. Deve-se ressaltar que há contribuição indireta e diretamente da família. No final do século XX houveram alterações na rotina dos pais. A entrada da mulher no mercado de trabalho gerou uma certa ausência na criação dos filhos, fator que facilita essa exposição. E em algumas famílias não existe limites entre o que é permitido ou proibido de ser assistido. Não há fiscalização do que é exposto às crianças, como quais aplicativos e sites estão sendo acessados e se o conteúdo assistido é condizente com a sua faixa etária. Situações como essas possuem consequências graves. Entre elas estão o aumento da gravidez precoce, da ocorrência de doenças sexuais e dos casos de pedofilia. Portanto, deve haver a regularização e monitoramento do acesso às mídias sociais. Esse processo deve ser feito pelo ministério da educação junto à família, através de diálogo e incentivo à brincadeiras infantis nas escolas. Dessa maneira, haverá maior interação com as crianças, podendo assim educá-las de maneira melhor e ocupá-las com outras atividades.