No Brasil, em maio de 2018, foi deflagrada pela Polícia Federal a operação, Luz na Infância, que visa combater a pornografia infantil. Não só, foram expedidos mais de 400 mandatos de prisão, como também, foram apreendidos materiais pornográficos, contendo crianças de todas as idades em situação de abuso e violência sexual. Por certo, situações assim, devem servir de alerta a erotização infantil. Surpreendentemente, a banalização do erotismo juvenil no país vem ocorrendo em proporções alarmantes, sendo desse modo, promovido muitas vezes pelo marketing direto, que extrapola a linha tênue entre a infantilidade e a adultização, comercializando assim, produtos voltados ao público infantil como: maquiagens, roupas, equipamentos eletrônicos e outros. Ademais, o uso indiscriminado das mídias sociais, sem supervisão de um responsável, acaba, eventualmente, introduzindo precocemente o jovem ao contato com a sexualidade de forma inocente e desprotegida. Indubitavelmente, as consequências são catastróficas, uma vez que, situações como essas deixam o caminho facilitado para pessoas de má índole, facilitando assim, a abordagem de abusadores e pedófilos. De acordo com Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele, educação essa amplificada, com a necessidade de aprendizado ético-moral, a qual inicia-se dentro de casa, com ensinamento dos pais ou tutores, que, por sua vez, deveriam ter o comprometimento de ensinar limites, já que, a trivialização da sexualidade acaba influindo, diretamente para a inversão de valores morais, dessa maneira, fazendo o errado parecer correto. Fica clara, portanto, a necessidade de resolução desse impasse. O Governo Federal, por intermédio, do Ministério dos Diretos Humanos, deve fomentar campanhas de conscientização da erotização infantil, efetuando palestras com psicólogos e profissionais da educação, para que possam abordar de forma clara e objetiva as consequências da antecipação da puberdade, os efeitos negativos para a formação da personalidade das crianças, e os riscos devido à exposição, além da distribuição de material de apoio como: panfletos e cartilhas. De certo, ajudando aos pais a como procederem diante das informações externas, e novidades recebidas por seus filhos.