No Brasil, percebe-se o desrespeito às crianças quando a sociedade antecipa a sexualidade infantil e a trata como adulto, tendo como consequências o aumento do índice de gravidez e incidência de doenças sexualmente transmissíveis no curto prazo.Nesse sentido, faz-se necessário ampliar o debate sobre o tema. Segundo Max Weber, a criança está sob o julgo de pura dominação tradicional : a família patriarcal. Por isso, sua ação seria incompreensiva, ou seja, estaria fora da análise sociológica. Constata-se que quando os próprios pais tratam suas crianças como adultos, na medida em que as vestem com roupas curtas e apelativas sexualmente,agem com dominação,como afirmava o sociólogo Karl Max . A família nesse contexto é que não compreende realmente os infantes, os quais têm varias faixas etárias que precisam ser respeitadas. Isso acarreta um entendimento antecipado e distorcido dos seus aspectos sexuais. Consequentemente, vai desencadear a gravidez precoce da adolescente. Logo,seus estudos podem ficar comprometidos também. Ao contrario de Weber, Emile Durkheim afirma que a criança é sim objeto da sociologia, logo do fato social. A segunda consequência são a elevação dos índices de doenças sexualmente transmissíveis no curto prazo como AIDS,Gonorréias e outras, por causa das inserção dessas crianças transformadas em adulto em miniatura no meio inadequado e carentes de informações e que passaram a considerar como normal atos ou ações eróticas. Logo, a sexualidade da criança é pois um aspecto cultural da sociedade brasileira. Para comprometer ainda mais esse fato,os meios de comunicações, com foco no consumo, estimulam essa forma de adultização para homogeneizar as mentalidades a fim de vender produtos . Desse modo, a visão do filósofo Jean J. Rousseau é resgatada, quando asseverou que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Diante disso,somente se minimizará os efeitos da erotização nas crianças quando a escola tratar de forma aberta,informativa e responsável sobre a sensualidade na infância, discutindo reflexivamente com debates,feiras científicas para elas compreender seus próprios corpos. De igual modo, o Ministério Publico Federal e Estadual intensificar a fiscalização dos meios de comunicações fazendo cumprir seus códigos legais e éticos para atender a dignidade das crianças.