A erotização infantil é caracterizado quando uma criança tem acesso à informações que são capazes de despertar antecipadamente os seus impulsos sexuais. Essa situação, causada pela falta de controle e atenção dos pais, é um problema, pois prejudica o desenvolvimento das crianças. Logo, é necessário alterar esse cenário. Um aspecto a ser considerado é o que motiva a erotização precoce é a falta de controle dos pais com o ambiente no qual os filhos frequentam. Em tese, as crianças que comparecem a locais com danças sensuais, músicas com sentido denotativo, carícias mais íntimas, ficam confusas porque não estão preparadas para interpretar a situação e, visto que o homem é produto do meio em que vive, segundo o filósofo iluminista Rousseau, ela tende a repetir as cenas observadas e, consequentemente, surge interesses inapropriados para a idade. Ademais, alguns responsáveis são negligentes quanto ao acompanhamento dos filhos na internet e tv, o que facilita que eles acessem conteúdos proibidos para a idade, se exponham de forma sensual e utilize isso de alguma forma para ganhar visibilidade.Um exemplo disso é o cantor de funk Mc Pedrinho que foi interditado pelo juízado de menor por cantar músicas pornográficas e possuir menos de 18 anos. Outro aspecto relevante é a consequência desses fatos na vida da criança. Em primeiro lugar, a erotização infantil induz a uma vida sexual ativa antecipada, posto que os desejos eróticos iniciaram mais cedo. Uma pesquisa realizada pelo Projeto Sexualidade, da USP, revela que a idade da primeira relação sexual se encontra entre os 14 e 15 anos, mas a tendência é diminuir, o que comprova o efeito negativo desse processo. Em segundo lugar, algumas crianças podem desenvolver problemas, como repressão à própria sexualidade, dificuldade em se relacionar e isolamento , devido à exposição a conteúdos impróprios que foram registrados como algo que causa dor, inadequado e impuro. Isso prejudica a formação e os relacionamentos futuros do indivíduo. Diante desses fatores, é imprescindível modificar esse contexto. Para isso, o Ministério da Educação, com auxílio de verba extra do Governo Federal, deve elaborar um projeto em que todas as escolas tenham reuniões com psicólogos e pais dos alunos, a fim de orientá-los sobre a abordagem da sexualidade, as precauções tomadadas para vetar conteúdos e informações que não condiz com a idade, para que exista um maior controle e a proteção da inocência infantil.