Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se descobrir as causas do crescimento da erotização infantil no Brasil. Desde o avanço das tecnologias, o surgimento da televisão trouxe as pessoas todo e qualquer tipo de informação. Aos adultos bem como às crianças o conteúdo transmitido é o mesmo, porém aos pequenos chega inapropriadamente contendo cenas de sexo e violência. Observa-se que, por consequência do acesso às mídias, muitas crianças repetem o que veem, paralelo a isso, vê-se que algumas posturas adotadas por elas as adultizam precocemente. Desse modo, se uma menina que ao ouvir uma música de funk repete a coreografia já vista de uma bailarina que sensualiza seu corpo, pode haver atração física de um homem mais velho e suceder em assédio e pedofilia. Além disso, muitos pais ao incentivar essas atitudes, tornam-se impulsionadores do problema, ao passo que não analisam os possíveis transtornos que elas poderão enfrentar ao acelerar a fase da infância. Em decorrência disso, pode-se afirmar que acelerar qualquer etapa do desenvolvimento da criança pode torna-la frustrada em alguma fase da construção de sua vida na sociedade. Ao seguir os preceitos de Kant, que fala, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, nota-se que é fundamental o papel dos pais na instrução da criança para com o seu corpo para que assim não se tornem exaltadores de seu corpo físico. Torna-se visível, portanto, conforme supracitado, que a objetificação de crianças é consequência de atitudes iniciadas em suas próprias casas. Dessa forma, faz-se necessário que o ECA, órgão responsável pelos direitos da criança e do adolescente, promova campanhas combativas à erotização infantil e oriente as famílias por meio de diálogos instrutivos, a fim de interromper a negligencia dos responsáveis para não pular nenhuma fase construtiva na vida da criança.