Título da redação:

Infância: a fase de ser criança.

Proposta: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 25/05/2018

É incontrovertível que a erotização infantil é uma realidade no Brasil, visto que, só em 2012, 20 mil adolescentes entre 10 à 14 anos estavam grávidas. Logo, o precoce incentivo a sexualidade das crianças além de levar a uma possível gestação indesejada e sem preparo, corrobora à perca da infância e a exposição dos menores a abusos e doenças sexuais. Sendo toda a situação uma contravenção do Estatuto da Criança e do Adolescentes, que define os direitos das crianças, e ainda por se configurar ato retrógrado e é mister a sua elucidação para um Brasil melhor para as crianças. Nesse sentido, na antiga Grécia, a pederastia, iniciação sexual de um jovem adolescente com um adulto do sexo masculino, era uma realidade natural na sociedade que considerava parte da formação cidadã. No entanto, hodiernamente, tal atitude é inaceitável, já que a iniciação precoce a conteúdos inapropriados televisivos e exposição aos comportamentos libidinosos dos responsáveis, interferem no desenvolvimento mental e nas descobertas referente a cada faixa de idade, segundo a psicóloga especialista Sandra Santos. À vista disso, a se sentirem impulsionados a repetir o que lhe é exposto, muitas crianças perdem a infância e adquirem problemas irreversíveis para a vida adulta. Outrossim, Lolita, a obra mais conhecida de Vladimir Nabokov, romancista russo-americano, narra a precoce erotização de Dolores Haze e seus efeitos em sua vida, como abusos sexuais e a manipulação por adultos interessados. De maneira análoga, muitas crianças e adolescentes brasileiros vão por esse caminho, pois mesmo o país tendo estatuto próprio para a proteção dos mesmos, vê-se uma letargia a aplicação de punição aos responsáveis que contribuem para adultização . Não obstante, a falta de palestras públicas referente ao assunto e propagandas que se dirijam aos responsáveis, contribui para que a convicção de que fazer sexo na frente dos filhos e ter atitudes libidinosas não é errado. Por fim, diante da modernidade líquida, rapidez que os fatos ocorre em nosso século, descrita por Zygmunt Bauman e a globalização, a família contemporânea não se preocupa em observar os conteúdos assistidos pelos seus filhos. Exposta a problemática, fazem-se presentes medidas para erradicar a erotização infantil no país. O Governo Federal deve inciar campanhas televisivas que conscientizem as massas da importância da conservação da pureza infantil e a necessidade da proteção e dos menores à conteúdos inapropriados. O Ministério da Educação deve ministrar palestras com psicólogos aos responsáveis, explicando o dever de zelar pela passagem de fases de forma sadia e construtiva, além de incentivar o monitoramento dos conteúdos acessados nos telefones, computadores e televisão. Assim, utilizando os meios adequados, a infância será a fase de ser criança.