A infância é uma fase de vulnerabilidade a qualquer tipo de influencia externa. Em um contexto de maior acesso à tecnologia e da banalização da sexualidade na sociedade brasileira, muitas crianças são influenciadas a terem pensamentos e atitudes de cunho sexual que não condizem com sua idade. Estamos falando da erotização infantil, cujos efeitos podem deixar marcas irreversíveis na vida futura de uma criança. De acordo com a psicanálise de Freud, as experiências vividas na infância influenciam o comportamento da pessoa durante toda a vida. Nesse sentido, o afloramento da sexualidade ainda na infância pode estimular o inicio de uma vida sexual cada vez mais cedo. Somando-se a isso, a imaturidade e a falta de prevenção, temos como resultado os altos índices de gravidez na adolescência e/ou contaminação por DST’s. Ademais, quando a criança entra em contato com conteúdos que despertam sua sexualidade, os riscos de sofrer assédio sexual são ainda maiores. Uma vez que as músicas brasileiras estão cada vez mais erotizadas, incitando a dança sensual nas crianças, elas tornam-se alvos de olhares abusivos e de atos pedofólicos. Diante do exposto, e levando em consideração os conhecimentos de Freud, podemos ver que a erotização infantil gera danos nas vidas das crianças e, por isso, deve ser combatida. Portanto, é válido que a mídia propague aos pais os riscos de deixarem uma criança navegar sozinha pela internet para que estes estejam mais atentos aos conteúdos acessados por elas. De igual forma, cabe ao governo auxiliar os pais reforçando as classificações indicativas nos conteúdos audiovisuais. Assim, as crianças brasileiras terão sua ingenuidade respeitada e a infância preservada.