Título da redação:

Classificação indicativa

Proposta: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 26/05/2018

O rápido desenvolvimento informacional possibilitou muitos benefícios à sociedade. Todavia, passou também a oferecer riscos à criança em virtude do fácil acesso a conteúdos impróprios para idade e da exposição em redes sociais. Visando prevenir esse fácil acesso de crianças a conteúdos inapropriados para sua idade, como músicas que fazem referência ao sexo e a erotização, o Ministério da Justiça criou a Coordenação de Classificação Indicativa. Ela é responsável pela classificação indicativa, ou seja, idade mínima recomendada para se ter acesso aos conteúdos de filmes, aplicativos, jogos eletrônicos e programas de televisão. Essa estratégia, entretanto, não anula o papel de fiscalização e orientação dos pais. Pois uma vez que a criança tem acesso a determinadas informações, ela pode ser estimulada a assumir comportamentos próprios do adulto. Infere-se daí, portanto, um equívoco: a adultização da criança. Soma-se ao contexto, o uso, cada vez mais precoce, das redes sociais por parte das crianças. O problema reside no fato delas postarem fotos e vídeos de suas atividades diárias, por vezes até com pouca roupa como em fotos em praias, o que as deixam mais vulneráveis aos ataques de pedófilos que agem, principalmente, através desse meio de comunicação, conforme noticiam os jornais em circulação no país. Os principais efeitos da adultização infantil, portanto, são a anulação da condição de ser criança, isto é, de gozar do direito de brincar e realizar as descobertas fundamentais à formação do seu caráter, e o aumento da vulnerabilidade às formas de violência praticadas contra a criança. Assim, é importante que as crianças sejam orientadas pelos pais quanto aos conteúdos aos quais tem acesso e que toda a população compreenda a importância das ações que evitam a erotização infantil, como a classificação indicativa.