Título da redação:

A infância que foi roubada pelo sensacionalismo obscuro.

Tema de redação: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 20/05/2018

No dias atuais é comum vê crianças trocando bonecas por roupas curtas e, aparelhos eletrônicos para se exibirem. Pelo fato do Brasil ser conhecido por país do carnaval, é comum também vê meninas com pouca idade dançando músicas impróprias para suas idades. Esses fatos, corroboram ainda mais para a erotização infantil. É importante salientar, que para Jean Piaget, um dos principais psicólogos infantil, a medida que a criança vai interagindo com o meio, ela absorve as informações e incorpora-as para a vida. Desse modo, a infância é algo que vem se tornando escassa. Em primeiro lugar, é crucial refletir sobre o papel midiático perante toda problemática, haja vista que campanhas publicitárias, induzem, muitas vezes, de forma explicita a erotização infantil, como foi caso da marca de roupa Lilica Ripilica, onde em um evento trouxe o slogan: use e se lambuze. Traziam crianças com os rostos sujos de creme branco e com poses sexuais explicitas. Ocorrência essa, que está sendo averiguada pelo Ministério Público. Ainda é possível observar, que os brinquedos trazem uma imagem inadequada para certas idades, prova disso são bonecas com esteriótipos de mulheres adultas, isso é mostrado pelos seios, maquiagem e roupas. Em consonância, é fácil perceber que por não terem o senso crítico formado, o público infantil, passou a ser o principal alvo da industria sensacionalista/capitalista, visto que quando não são induzidos a consumirem os produtos, são coisificados para venderem, despertando a atenção de pessoas com má-fé. Outro aspecto relevante, é a forma pela qual a família não impõe limites para certos comportamentos, como foi o caso do vídeo caseiro " Eita Giovana", no qual uma menina 7 anos aparece dançando com poses sensuais a música: desce, sobe, impina e rebola. Depois do vídeo ter se tornado um dos maiores hits da internet, a mãe quando entrevistada, disse que sentia orgulho da filha em saber dançar. Para o pediatra Daniel Becker, responsável pelo blog Pediatria Integrada, a sexualização precoce traz danos irreparáveis como gravidez na adolescência e difícil estabelecimento de relações verdadeiras. Com isso, as consequências são irreparáveis. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária(CONAR), deve agir através de averiguações com os conteúdos que são direcionados a crianças, banindo qualquer forma de apologias a erotização, impondo limites, já que é um meio que induz fortemente as pessoas a comprarem, através de campanhas devem promover a conscientização. O Poder Legislativo pode intervir, faz jus a criação de leis que sejam inafiançáveis, aplicada a qualquer pessoa que faça apologia a sexualização infantil, seja através de conteúdos ou por meio de enaltecimento de sexualização de crianças. Às escolas, cabem o papel de trazerem os pais as reuniões, tendo como finalidade rodas de conversas, a fim de alertar sobre os riscos e os danos causados pela erotização. Por conseguinte, a família, deve-se fazer presente na infância, para que assim possa ter a função de proteger e cuidar, estabelecendo diálogo, impedindo que a infância seja perdida.