A história da humanidade é marcada pela presença de grandes gênios, os quais deram grandes contribuições para a mundo atual, dentre essas pessoas estão Isaac Newton e Albert Einstein, que segundo pesquisas da Universidade de Oxford, possuíam características do espectro autista. Nesse contexto, hoje, no Brasil, indivíduos portadores de autismo enfrentam grandes desafios para se inserirem na sociedade, o que configura-se como um desrespeito à dignidade humana. Diante disso, depreende-se que tal problemática tem como causas a ineficiência do Estado perante ao tema, o que acarreta diversas consequências. Primordialmente, é certo afirmar que os desafios enfrentados pelos autistas no Brasil se devem pela ineficiência de políticas públicas. Nesse sentido, consoante ao pensamento do escritor Gilberto Dimenstein, o qual afirma que os direitos dos cidadãos brasileiros existem apenas na teoria, infere-se que, apesar da lei da inclusão da pessoa com autismo, de 2012, estipular que os indivíduos do espectro autista possuem os mesmos direitos que pessoas com deficiência, tal legislação não figura na prática, visto que, o investimento em capacitação de profissionais para atender pessoas do espectro, como por exemplo em áreas da saúde, ou até mesmo a capacitação das famílias desses indivíduos não são proporcionais à demanda. Ademais, como se não bastasse, políticas que incluam indivíduos autistas em áreas essenciais da sociedade, como o mercado de trabalho, o qual garante a independência dessas pessoas são inexistentes, fomentando o problema. Em segundo plano, é possível afirmar que os desafios enfrentados pelos autistas frente a sociedade tupiniquim acarretam diversas consequências. Nessa perspectiva, sob o ponto de vista do sociológo Zygmunt Bauman, o qual afirma que a modernidade líquida é caracterizada pelo individualismo dos indivíduos, conclui-se que ao serem segregados da sociedade, os indivíduos autistas inevitavelmente são colocados em uma situação de dependência em relação aos seus responsáveis, dessa forma, desrespeitando a dignidade dessas pessoas em detrimento dos interessantes egoístas da maioria da população, a qual não consegue ter empatia pelo diferente. Portanto, inquestionavelmente, medidas são necessárias para combater os desafios enfrentados pelas pessoas autistas. Sob esse viés, O Ministério da Educação(MEC) deve inserir nos cursos de graduação de professores, disciplinas que capacitem os profissionais da educação a lidarem com os indivíduos autistas, a fim de possibilitar a inclusão dessas pessoas no meio educacional e proporcionar perspectiva de futuro para elas. Além disso, a Receita Federal deve conceder incentivos fiscais para empresas que contratem pessoas do espectro autista, com o intuito de promover a independência dessas pessoas.