Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 27/08/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada pela ONU, em 1948 - assegura a todos os direitos à educação e ao bem-estar. Entretanto, observa-se que, no Brasil, os processos que versam a respeito dos mecanismos de inclusão dos autistas na esfera social ainda são repletos de carências a serem superadas. Nessa perspectiva, a conservação dessa atuação insuficiente é refletida em um cenário desafiador para um Estado Democrático de Direito, seja pela falta de profissionais capacitados para atender essas pessoas, seja pela ineficácia das estratégias estatais para reverter esse quadro. Deve-se pontuar, inicialmente, que essa parcela populacional encontra-se marginalizada em relação aos direitos básicos do cidadão, principalmente no que tange ao processo socioeducacional. Nesse sentido, a escassez de profissionais aptos nas instituições de ensino, sobretudo na rede pública, para promover uma inclusão eficaz e um aprendizado eficiente a esse grupo faz com que haja redução na autonomia dos autistas, de modo que a possibilidade de desenvolvimento cognitivo, cultural e social dessa comunidade se mantenha em um cenário desnorteado. Com efeito, esse cerceamento de direitos contribui para a intensificação de uma conjuntura de disparidade socioeconômica na nação. Vale ressaltar, também, que as ações veiculadas, pelo Governo, para amenizar essa situação deficitária não surtiram o efeito desejado, haja vista que os autistas ainda encontram muitas dificuldades para se integrarem à sociedade, seja pelo grande preconceito vigente, seja pela baixa acessibilidade destinada a esse grupo. Em virtude disso, é revelada a falta de um Estado de Bem-Estar Social, modelo de gestão idealizado pelo economista inglês John Keynes que é utilizado em países com altos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), como a Noruega e a Dinamarca. Essa política é importante, também, para países em desenvolvimento, como o Brasil, pois ela é pautada nos campos econômico e social, na qual a distribuição de renda, bem como a prestação de serviços básicos, como o fornecimento de atendimento adequado aos autistas tanto nos espaços educacionais quanto na saúde pública, são vistos como uma forma de combate aos problemas socioeconômicos do país. Logo, revela-se a necessidade de alteração do modo de atuação do Estado perante essa comunidade. Diante da urgência de se reverter esse contratempo, o Ministério da Educação precisa instituir processos de capacitação aos profissionais de ensino, não só na educação básica, mas, também, no ensino superior, de forma que seja possível oferecer aos autistas uma metodologia de ensino que promova um processo de sociabilidade efetiva. Além disso, o Ministério da Saúde precisa ampliar as ações publicitárias que visem ampliar o conhecimento acerca dos comportamentos peculiares dos autistas, de modo que se possa reduzir o preconceito e garantir os direitos humanos invariavelmente.