Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 27/08/2018

No período colonial, os portugueses classificaram os índios de forma preconceituosa, pois, as diferenças causaram estranhamento. De maneira análoga, o desconhecimento das necessidades e a presença dos portadores do TEA no Brasil causam reações preconceituosas. Nesse contexto, o panorama inclusivo brasileiro traz impactos a toda vivência dos portadores da síndrome, seja pela falta de acompanhamento especializado nas escolas, seja na ineficácia das políticas públicas. Em primeiro lugar, a lei Berenice Piana explicita os direitos dos autistas, tal como atendimento educacional capacitado, se necessário. Todavia, essa lei é pouco cumprida, o que causa problemas ao portador, tendo em vista que esse possui diferentes formas de interagir ou perceber o que lhe cerca. Diante disso, como a escola é o espaço onde se passa um grande período da vida, não fornecer de forma adequada a sua integração e sociabilidade, trará infortúnios aos outros espaços de convivência. Dessa forma, esse dilema escolar fortalece as diferenças. Em uma segunda análise, o Estado possui o dever de fornecer a integração dos autistas na sociedade, porém, não conhece as suas demandas. Tal afirmação se basea no fato de que o país não possui um censo demográfico dessa parcela da sociedade, e só recentemente ativistas solicitaram em audiência pública o reconhecimento dessa população por meio da coleta de dados.Como consequência, por não conhecerem tal população, as políticas públicas não disponibilizam toda a infraestrutura necessária, como programas educacionais e de empregos. Logo, pelos fatos supracitados, medidas são necessárias para resolver o dilema. Cabe ao Estado, o fornecimento de intérpretes capacitados por curso reconhecido pelo MEC,assim podendo mediar o processo educacional dos portadores, em que quando necessário, o mediador tentará adaptar a comunicação social sob a ótica do autista. Ademais, cabe aos governos municipais, juntamente com órgãos de estatística como o IBGE, mapear toda essa população e suas demandas com a finalidade de que as políticas públicas conheçam quem elas estão sendo direcionadas. Dessa maneira, modificando o cenário atual do Brasil.