De acordo com a Constituição de 1988, pessoas com necessidades especiais tem direito à educação inclusiva, assim como, todos os cidadãos são iguais perante a lei. Entretanto, essa garantia não é uma perspectiva vivida para quem possui o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa problemática é um transtorno que causa dificuldades no desenvolvimento da linguagem, na interação e comportamento social do indivíduo. Nesse sentido, nota-se que a falta de conhecimento e o descaso para com essa população são os principais dilemas para a falta de inclusão e supressão dos direitos básicos garantidos por lei. Em uma primeira análise, pontua-se que um dos grandes desafios enfrentados por um autista é a falta de educação básica, pois no Brasil é raro as escolas que possuem profissionais qualificados para esse ensino. Por conseguinte, vale frisar que o descaso do governo faz com que as escolas brasileiras deixem a desejar no aspecto escolar, com uma educação precária, sem ferramentas necessárias voltadas para a educação especial. Logo, com o direito legal de qualquer portador de necessidade especial ignorado, faz com que esse indivíduo sofra ainda mais no processo de desenvolvimento. Dessa maneira, a educação é um pilar fundamental na vida de uma pessoa, como disse o grande expoente da filosofia brasileira, Paulo Freire. Outrossim, há cerca de 2 milhões de portadores do espectro autista no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, torna-se de fácil percepção a necessidade de adaptação e compreensão acerca desse distúrbio, pois muitos autistas por serem mais retraídos acabam sofrendo com o preconceito e isolamento social. Ademais, outro fator que mostra o não cumprimento da jurisprudência é o descaso de empresas com a Lei de Cotas para deficientes, onde essas pessoas não são, realmente, aproveitadas e reconhecidas como qualquer outro trabalhador dentro da empresa. Entende-se, portanto que a falta de conhecimento da população sobre esse assunto e consequentemente, o descaso; são as grandes dificuldades encontradas por quem sofre com esse transtorno. Destarte, o Ministério da Educação em parceria com ONGs, deve idealizar palestras que disserte como a TEA afeta seus portadores e investir em uma educação de qualidade, com profissionais preparados adequadamente e aparelhos tecnológico para auxiliar no ensino. Dessa forma, supre com a falta de consciência das pessoas acerca desse tema, ajuda essa população a ter uma boa aprendizagem e uma melhor desenvolvimento cognitivo, para que assim melhore a sua inclusão e o ingresso no mercado de trabalho.