Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 12/06/2018

“Autismo”: palavra derivada do grego que tem por significado denotativo “estado de si mesmo”. O termo utilizado desde o século XX, pelo psiquiatra Eugen Bleuler, caracteriza o transtono mental que insere pessoas, desde a infância, em rotinas individualistas e de escassa interação com demais indivíduos. A complexidade patológica e social se dá de forma constante e paulatina, corroborando barreiras culturais ainda presentes no século XXI. Destarte, sabe-se que é necessário reparos em prol de tal problemática, atentando-se mormente às vertentes de estímulo educacional e aceitação social. Primeiramente deve-se sobrelevar que, segundo o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), 90% de crianças portadoras de necessidades especiais não possuem acesso ao ensino formal no Brasil. Ademais, a constante falta de capacitação profissional de escolas e educadores insere a população autista em rotinas discriminatórias, tais como a não aceitação em determinadas instituições e atividades didáticas. Esses fatos, aliados também ao preconceito social, projetam uma escassez de oportunidades e, consequentemente, a dependência vitalícia de terceiras pessoas no dia a dia do espectro autista. Outrossim, faz-se necessário enfatizar a capacidade intelectual presente de diversas formas na doença, em paralelo ao grau patológico e estímulos comportamentais. Posto isto, é possível analisar paradigmas reconhecidos a nível mundial, como o jogador argentino Leonel Messi e o fundador da marca Windows, Bill Gates. Portanto, é possível revigorar a desmistificação de estereótipos socio-culturais que permanecem mitigando a percepção destas pessoas, pondo em prática a teoria platônica da Parábola da Caverna, permitindo, assim, a descoberta social de um “mundo inteligível”. Infere-se, portanto, que medidas evolutivas devem ser tomadas em conveniência tanto a quem possui a disfunção, quanto a quem tende a lidar com a mesma. Dessa forma, cabe primeiramente às Secretarias de Saúde a promoção de campanhas diferenciadas a fim de oferecer estímulos comportamentais e de interação, firmando parceria com ONG’s veterinárias tendo o intuito de disponibilizar terapias ocupacionais de socialização com cães. Em segundo plano, cabe ao Ministério da Educação o oferecimento de cursos de capacitação escolar para todo corpo docente e equipe pedagógica, que tenham por finalidade a inserção de disciplinas inclusivas, técnicas montessorianas e de cromoterapia na grade comum curricular. Apenas desses modos, a empatia brasileira será sobreposta aos pré-julgamentos e inércia social perante tal distúrbio.