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Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 09/06/2018

A plataforma de streaming Netflix disponibilizou recentemente a série Atypical, que acompanha a vida de um adolescente autista que ao decorrer dos episódios enfrenta problemas típicos do autismo, como a dificuldade de interação social e de entendimento de frases com sentido figurado e, além disso, a complexidade de encontrar uma namorada. No Brasil, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) enfrentam sérios dilemas que dificultam ainda mais suas vidas, como o preconceito e a falta de atendimento educacional adequado. De acordo com uma pesquisa atual do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão estadunidense, o número de autistas tem aumentado no mundo todo: 1 em 59 crianças tem autismo, dado que corresponde a um aumento de 15% em relação à pesquisa anterior, entretanto, o Brasil não tem acompanhado estruturalmente esse aumento, uma vez que ainda faltam instituições educacionais preparadas para oferecer um ensino personalizado adequado para essa parcela da população com professores capacitados em ensino de crianças com a doença. Outro fator que colabora para dificultar ainda mais a vida dessas pessoas é o preconceito. Por ter uma visão diferente do mundo, por não entenderem frases com sentido figurado e por ter algumas manias, os portadores do espectro autista são vítimas de piadinhas pelos colegas e também são excluídos de brincadeiras por outras crianças, o que acaba por levá-los ao isolamento, tornando seus estados de saúde e interação social mais complicados. Desse modo, tendo em vista o cenário de dificuldades enfrentadas pelas pessoas autistas, medidas devem ser tomadas. Cabe ao Ministério da Educação instituir nas grades curriculares dos cursos de Pedagogia e licenciaturas matérias específicas que ensinem as características do Transtorno do Espectro Autista e como lidar em sala de aula com alunos portadores da doença, para, dessa forma, houver um maior aproveitamento estudantil e maior inclusão dos autistas no atendimento educacional, que é um direito de todos os cidadãos. Segundo o físico Albert Einstein, é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito, logo, fica claro que, assim como a fissão nuclear, acabar com o preconceito é, de fato, uma tarefa árdua, entretanto, totalmente possível. Sendo assim, canais de comunicação (TVs, rádios e redes sociais) devem constantemente divulgar campanhas publicitárias e propagandas que, com o uso de textos informativos e depoimentos de autistas, visem “abrir” a cabeça das pessoas e ir, progressivamente, acabando de uma vez com o preconceito contra a doença. Dessa maneira, teremos uma sociedade mais justa para todos os cidadãos.