Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 01/06/2018

Em Esparta, na Grécia, os cidadãos possuíam uma cultura desumana e temerosa: o ato de lançar recém-nascidos de um penhasco, caso eles possuíssem algum defeito físico. Tal hábito era praticado para alcançar a ilusória perfeição dos espartanos, na qual essas crianças eram consideradas monstruosidades, por não poderem realizar trabalhos manuais com eficácia. Já no Brasil, tal situação se assemelha, haja vista que o autismo é visto com olhos discriminadores, fato que gera o preconceito extremo acerca da doença, a privação de um ambiente escolar capacitado e a normalização desse contratempo. É indubitável que a sociedade brasileira é permeada de preconceitos. Tal fato gera um ambiente inóspito para indivíduos considerados “diferentes” do padrão imposto, onde é possível assimilar o contratempo vivido por portadores de autismo, cujos cotidianos são repletos de atos discriminatórios. Nesse sentido, conforme Einstein afirma, “Época triste a nossa, mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito. ”, logo, é possível averiguar como esse caos se espalha com intensidade, por falta de conhecimento e empatia acerca do próximo. Sob essa ótica, pode-se perceber como o ensino é falho e irregular para os autistas, uma vez que os colégios não se encontram adaptados com os recursos necessários para prover um ensino adequado e a cautela médica e social requerida. Dessa forma, milhares de crianças que possuem essa doença são desprovidas de um espaço educacional de qualidade, que suscita no prejuízo de sua formação intelectual e na ausência de interação social. Nesse sentido, a comunidade se torna apática diante do preconceito recorrente acerca do autismo e, assim, passa a normalizá-la. Portanto, conforme Luther King afirma “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. ”, assim, pode-se observar que, a atitude irresoluta da população resulta na agravação desse comportamento horrendo e, por conseguinte, no estabelecimento de uma cultura pautada na desigualdade e opressão. Tendo tudo isso em mente, é imprescindível que o Governo, em parceria com o Ministério da Educação arquitetem uma intervenção, mediante o reforço das leis pautadas no bullying e preconceito, bem como a capacitação das escolas para indivíduos com doenças ou síndromes, para que haja a integração consentânea dessas pessoas, em um ambiente harmônico e preparado para atender às necessidades delas. Além disso, é vital que haja a criação de campanhas e palestras que visem informar e dilapidar os conceitos discriminatórios da sociedade.