Segundo dados da OMC, há no Brasil cerca de 2 milhões de autistas. Tais indivíduos, dada sua dificuldade de comunicação e o desconhecimento do distúrbio da maioria da população, enfrentam obstáculos quanto ao acesso à escolas e integração no corpo social brasileiro. Assim, na atual conjuntura micropolítica nacional, é indubitavelmente necessário que se supere os dilemas enfrentados pelos autistas sejam superados, uma vez que estes ferem direitos e garantias fundamentais como o direito à educação e inclusão em sociedade. Em uma primeira análise, sob ótica operacional, o quadro de defasagem na qualificação de profissionais da educação intensifica o grave cenário de exclusão educacional de autistas no Brasil ao dificultar a integração de tais indivíduos. Visto que o TEA (Transtorno do Espectro Autistas) leva a criança a ter comportamentos específicos como a hiperatividade, hipersensibilidade a determinados sons, dentre outros, observa-se que professores apresentam dificuldade ao lidar com os estudantes com o distúrbio. Crianças autistas são frequentemente postas para fora de sala de aula devido ao seu comportamento destoante, por exemplo, prejudicando seu rendimento escolar e tornando-as alvos de bullying. Em uma segunda perspectiva analítica, sob a ótica lógica, o panorama de invisibilidade do autismo corrobora a marginalização de tais indivíduos já que naturaliza e a sua exclusão da sociedade. Isto posto, a falta de conhecimento sobre o Transtorno Autista configura-se como empecilho na inclusão dos portadores do transtorno, vistos como um elemento "anormal" pela população. Dessa forma, este tende a isolar-se, razão pela qual o autismo é comumente acompanhado pela depressão. Portanto, para a superação das problemáticas supracitadas, é necessário que o Governo Federal legitime a qualificação de profissionais da educação, por meio do MEC, promovendo cursos preparatórios quanto ao TEA e inclusão escolar dos portadores com eficiência afim de assegurar o direito educacional de deficiente previsto por lei. Além disso, é incontestável a necessidade de conscientizar a população brasileira quanto distúrbio, por meio do governo em parceria com ONGs e rede televisivas de forma a divulgar as características do autismo e ratificar o dever de inclusão dessas pessoas. Espera-se que essas medidas então, tornem possível o sobrepujamento dos dilemas enfrentados pelos autistas.