O transtorno autístico, mais conhecido como autismo, é um dos mais triviais entre os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID), uma família de condições caracterizada pelo início precoce de atrasos e desvios no desenvolvimento das habilidades sociais, cognitivas e comunicativas. Assim, devido a essas interrupções prévias dos processos normais de desenvolvimento, as pessoas autistas vêm enfrentando, corriqueiramente, diversos entraves. Em primeira análise, é sábio que um dos vários impasses afrontados pelas pessoas com espectro autista é a falta de informação e o preconceito da população. Por tratar-se socialmente de uma minoria, o desconhecimento ou a ignorância levam à elucidada discriminação por parte de muitas pessoas que, previamente, conjecturam-os como deficientes e incapazes de fazer e ter uma vida normal como qualquer outro indivíduo. Desse modo, é perceptível que a exclusão e a rejeição só dificultam ainda mais o bom êxito do tratamento e do convívio social desses seres humanos. Somando a isso, outro obstáculo que permeia na vida dos autistas é a dificuldade do mesmo em ingressar no mercado de trabalho, já que, apesar da legislação e da existência de políticas públicas que garantem a eles a inclusão, é nítido que não ocorre uma inserção como deveria ocorrer de fato. Desse modo, as pessoas com o Transtorno de Espectro Autista (TEA) que adquirem um ofício, fazem parte de uma minoria que consegue se manter nele e vencer o preconceito existente, dado que, segundo a Organização Mundial da Saúde (2011), as pessoas com deficiências de tipo mental, onde se enquadra o TEA, são as que mais encontram dificuldades na inserção social. Destarte, para que os direitos das pessoas que possuem o TEA sejam assegurados, é indispensável que o Governo Federal e a mídia divulguem e promovam campanhas e debates a respeito dessa temática, através dos meios de comunicação, como a Internet, televisão ,rádios e cartazes em locais públicos, a fim de conscientizar a população. Outrossim, é imprescindível que haja uma reestruturação do plano pedagógico e das escolas com professores de apoio mais qualificados para cada aluno que possui o TEA, e, assim, conseguir uma inclusão mais eficaz no ensino regular. Além disso, é necessário ampliar a abrangência na área da saúde para essas pessoas, Logo, tais medidas coibirão o preconceito e provarão que os autistas também são capazes de contribuir, de alguma forma, para o bem do país.