Conforme o filósofo Aristóteles, a felicidade individual é uma consequência do coletivo pleno. Essa ideia pode estar relacionada aos dilemas enfrentados pelas pessoas autistas, desde o instante em que há crescimento do desrespeito e da exclusão desses indivíduos, além da falta de políticas que promovam a inclusão desses. Por isso, cabe discutir tal problemática e seus efeitos no Brasil moderno. Em primeiro plano, vale salientar que a novela “A Metamorfose” do escritor alemão Franz Kafka é uma narrativa que dialoga com o presente. Nota-se que, assim como o personagem Gragor Samsa, muitos autistas são vistos como obsoletos e, ainda, como um fardo para as famílias, o que contribui para a disseminação dessa cultura de exclusão dos indivíduos com tal deficiência. Além disso, percebe-se que não há somente a invisibilidade social, mas também a displicência do governo com os autistas, haja vista que são carecidas as políticas de inclusão para esses deficientes. Outrossim, cabe mencionar que há no Brasil cerca de 2 milhões de pessoas autistas. Não obstante, a falta de cursos de qualificação destinados para essa minoria e a carência de atendimento educacional especializado para que possam ser integrados à vida comunitária, são uns dos principais entraves encontrados pelos autistas. Assim, embora a sociedade pregue valores como fraternidade e união, são poucos os que demonstram a efetivação dessas práticas. Logo, perante o exposto, é evidente que a inclusão das pessoas autistas é a preferível maneira para garantir a harmonia social. Sendo assim, torna-se mister que o governo desenvolva projetos nos diversos núcleos sociais, como escolas e comunidades, que promovam a inclusão desses indivíduos através do ensino de habilidades e de métodos que facilitem o aprendizado, como o uso de histórias ilustradas ou reproduzidas teatralmente, viabilizando um maior engajamento do autista nas tarefas, além de promover a inclusão desses no corpo social. Desse modo, a plenitude aristotélica será alcançada.