Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 27/05/2018

O médico Philppe Pinel, nascido na França, influenciado pelas ideias do Iluminismo, foi pioneiro no tratamento humanizado de doentes mentais, dentre os quais, encontravam-se os autistas, desse modo, dando um novo olhar sob essas pessoas. Contudo, no Brasil hodierno, muitos autistas encaram diversos desafios por causa, sobretudo, de paradigmas nocivos bem como da invisibilidade social a qual eles estão submetidos. Nesse contexto, dentre os dilemas encarados pelos autistas, destacam-se o caráter segregacionista da educação e os estigmas preconceituosos. De início, vale ressaltar que o atual sistema educacional do país é, muitas vezes, segregacionista. Nessa perspectiva, o filósofo Edgar Morin explana que as escolas dever ser um espaço heterogêneo que engloba as diversidades. Porém, na realidade brasileira, não é o que acontece, já que vários centros educacionais não possuem atendimento específico para autistas, seja por falta de investimentos nesse aspecto, seja por uma característica de segregação. Logo, fica claro que o espaço colegial no país ainda é um lugar que representa um descaso social para com os autistas. Ademais, em outra análise, os estigmas preconceituosos, os quais estão arraigados no corpo social do Brasil, representam, também, um grande dilema encarado pelos autistas. Sob esse prisma, o filósofo Michel Foucault explica que as sociedades tendem a valorizar os aspectos dominantes de uma população e excluir os outros. Com isso, os autistas, por serem considerados inferiores e incapazes por grande parte da população, encontram-se em um estado de invisibilidade social, no qual há um precário amparo jurídico-social oferecido a eles, o que torna sua vida social com diversos obstáculos, tais como os desafios da inclusão de crianças autistas na rede regular de ensino. Assim, em vista disso, nota-se o prejuízo causado a essa parcela social por comportamentos preconceituosos. Destarte, percebe-se que dentre os desafios encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira, destacam-se os paradigmas preconceituosos e o caráter segregacionista da educação. Portanto, urge que o Estado, por meio do Ministério da Educação, elabore projetos político-pedagógicos que sejam apresentados nas escolas com o intuito de valorizar as pessoas autistas bem como amplie os investimentos aplicados na área educacional para essas pessoas de modo a criar escolas preparadas infraestrutura e tecnicamente para recebê-las. Além disso, incumbe à sociedade civil praticar a alteridade nas microrrelações sociais com o objetivo de entender as perspectivas e os desafios enfrentados pelos autistas visando criar um corpo social harmonioso para que, de fato, como feito há séculos pelo médico Philippe Pinel, tenha-se uma visão mais humanizada e inclusiva dos autistas.