Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 22/05/2018

É indubitável que os dilemas encarados pelas pessoas autistas, no Brasil, são um desafio tanto para a população quanto para o Estado. Isso deve ser solucionado, uma vez que não há igualdade social com as pessoas portadoras do espectro autista, impossibilitando, em sua totalidade, a integração desses indivíduos na sociedade. Nesse sentido, a fim de combater tal problemática gravíssima, dois aspectos fazem-se relevantes: desconstruir o preconceito sociocultural vigente e uma ação mais incisiva do Estado atuante. De forma primordial, é notório que o preconceito cultural exacerbado presente na população brasileira é uma das principais causas desse cenário conflituoso. Em consonância com o sociólogo brasileiro Betinho, um país não muda pela sua economia, política nem mesmo pela ciência, muda sim pela sua cultura. De maneira análoga, enquanto a sociedade não modificar seu modo coletivo de pensar e agir se tornará, gradativamente, mais difícil resolver tal panorama. Isso porque, na maioria das vezes, as diferentes instituições socializadoras, como a escola e a família, não combatem o preconceito contra os autistas mediante debates engajados, investimento em educadores qualificados e mecanismos de inclusão social. Nesse sentido, urge a necessidade de enfrentar a homofobia, a priori, nas bases educacionais da sociedade. Outrossim, é indiscutível o papel vital do Estado no combate a esses dilemas graves. De acordo com o filósofo grego Aristóteles, o equilíbrio deve ser alcançado na sociedade por meio da política exercida de maneira justa. Não obstante, o que ocorre atualmente é a ruptura voraz desse equilíbrio, haja vista que, no Brasil, embora uma parcela expressiva da sociedade brasileira seja autista, cerca de 70 milhões de pessoas segundo a Organização Mundial de Saúde, ainda não existem políticas públicas efetivas que garantam isonomia social a esses cidadãos, demostrando a ineficácia na fiscalização e aplicação da lei. Destarte, para reverter essa situação torpe de total desrespeito aos direitos das pessoas autistas, fica obvia a necessidade de um poder público mais eficiente. Torna-se evidente, portanto, que os dilemas encarados pelas pessoas autistas são graves e que sua solução necessita mobilizar e justapor esferas sociais e políticas. Faz-se imperioso, diante disso, que o Governo Federal invista em um projeto abrangente de desconstrução do preconceito por intermédio de panfletos, revistas e palestras nas comunidades, escolas e empresas, dilatando o conhecimento sobre o autismo a fim de inserir dignamente os portadores desse distúrbio na sociedade. Assim, com um Estado mais atuante e o apoio de uma sociedade consciente, em um futuro próximo, será possível garantir a isonomia social com as pessoas autistas, prevista pelo artigo 5º da Constituição Federal brasileira.