Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 21/05/2018

A artista plástica Tarsila do Amaral, em seu famoso quadro “ O Abaporu”, retrata uma personagem de corpo anguloso e cabeça desproporcionalmente pequena, possivelmente uma alusão àqueles que pouco desenvolvem o intelecto. Essa “microcefalia” , certamente, poderia representar a sociedade que desconhece as necessidades dos autistas. Além disso, portadores desse transtorno sofrem com a exclusão social. Em primeiro lugar, a falta de compreensão a respeito das questões do autismo é uma realidade, uma vez que, na sociedade os indivíduos estão cada vez mais individualizados e pouco preocupados com as dificuldades e realidades do próximo. Assim, reflete uma população cada vez mais isolada e que não compreende os limites expostos aos autistas e os estigmatizam como incapazes. Pode-se, então, analogamente, associar tal realidade com os pensamentos do filósofo Thomas Hobbes , ao afirmar que o homem é o lobo do próprio homem, já que a sociedade se configura como principal agente que ocasiona o preconceito enfrentado pelos portadores do transtorno do autismo. Outrossim, a exclusão social é uma realidade dos autistas. Isso se deve ao fato de que poucas escolas são preparadas profissionalmente para receber crianças e jovens autistas. Embora seja garantido por lei a necessidade de apoio às atividades de comunicação e disponibilização de acompanhante especializado no contexto escolar, sem exclusão do convivo com o restante da turma, ainda é precário os mecanismos de inserção dos autistas ao convívio escolar. Assim, sem uma educação adequada e o estimulo da inclusão ao meio, é mais dificultoso romper os problemas que levam a exclusão social dos portadores da síndrome de Asperger. Desse modo, é notório que a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo, assim como afirmou Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, afirmou. Diante desse cenário, é necessário que a mídia busque orientar e proporcionar mais espaço nos meios midiáticos através de propagandas e anúncios a respeito das condições dos portadores do autismo, afim de que promova a possibilidade de maior conhecimento da sociedade em geral sobre os comportamentos e necessidades dos autistas, buscando atenuar os estigmas de doentes e incapazes aos portadores de tal transtorno. Também, é imprescindível que as escolas sejam mais inclusivas, promovam flexibilização curriculares, cumpram com as obrigações de receber crianças e jovens com tal deficiência e ofereçam monitoria aos autistas, sem que ocorra a exclusão dessa minoria, com objetivo de proporcionar mais oportunidade e desenvolver habilidades para que consigam levar a vida de forma mais natural.