O filme “Tudo que quero” mostra que o autismo não deve ser um obstáculo para que os portadores desse transtorno realizem os sonhos deles e tenham uma vida social. Diante disso, é perceptível que, no contexto contemporâneo brasileiro, o autismo é visto de forma preconceituosa e negligente por parte da sociedade. Dessa forma, os autistas enfrentam dificuldades para obter uma educação adequada e ingressar no mercado de trabalho. Primeiramente, cabe esclarecer que a primeira associação de autismo no Brasil, a AMA (Associação de Amigos do Autista), foi criada em 1983. Sendo assim, até aquele momento o autismo era pouco conhecido pela população e as vítimas desse transtorno não recebiam tratamento adequado. Nesse sentido, essa parcela da população enfrentou e continua enfrentando desafios para obter seus direitos e ser mais respeitada. Outro fator em questão é a dificuldade que o autista enfrenta para ingressar no mercado de trabalho. Desse modo, existe um cenário excludente, em que os portadores de autismo são vítimas de preconceito e por isso, são impedidos de mostrar seu potencial. Além disso, a falta de ensino adequado prejudica o desenvolvimento das capacidades dos autistas e, assim, diminui a chance deles conseguirem um emprego. Torna-se necessário, portanto, que os autistas sejam tratados de forma mais justa e respeitosa. Para isso, o Governo Federal, juntamente com o MEC (Ministério da Educação) deve garantir uma preparação pedagógica que atenda as necessidades dos autistas em escolas públicas. Ademais, políticas públicas de incentivo a inserção dos portadores de autismo no mercado de trabalho que atinjam as esferas midiáticas, as redes sociais e as vias urbanas devem ser realizadas pelo Governo do Estado. Dessa maneira, o cenário retratado em “Tudo que quero” pode se tornar mais comum entre os autistas do Brasil.