Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 17/05/2018

Desde o Iluminismo, entende –se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os dilemas encarados pelos autistas, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsicamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisar as principais consequências e causas de tal postura negligente para a sociedade. Primordialmente, é indubitável que a questão legislativa e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, o descumprimento das leis rompe com essa harmonia, haja visto que muitos dos autistas não se inserem no ambiente social devido a não efetivação delas. Nesse âmbito, é válido mencionar sobre o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência, instituído na Constituição Federal de 1988, projeto esse que aparenta estar apenas no papel considerando-se que não é verificado sua implementação em grande parte do território nacional, principalmente nos municípios interioranos. Essa conjuntura mostra que embora as legislações brasileiras sejam consideradas como uma das mais modernas do mundo elas enfrentam obstáculos na aplicação de muitos de seus dispositivos. Outrossim, destaca-se o preconceito como impulsionador da problemática. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Nessa perspectiva, observa-se que muitos autistas são excluídos do meio social fazendo com que haja uma divergência entre o pensamento do filósofo e as interações sociais contemporâneas. Dessa forma, muitos acabam não encontrando oportunidades de emprego, abandonando os estudos ou até mesmo nem chegam a iniciá-los, não formam vínculos de amizades – o que é muito importante para qualquer indivíduo atualmente -, dentre outras consequências pejorativas. Tendo em vista os argumentos supracitados, constata-se que a inclusão ao coletivo dos autistas é, em boa parte, menosprezada cabendo a população buscar formas de facilitar a sua efetivação. Desse modo, é notório que os impasses enfrentados pelos deficientes necessitam de soluções. Portanto, cabe aos órgãos do poder executivo e da segurança pública, fiscalizar o cumprimento das leis, colocando-as em prática em todo o país, por meio das reuniões com a população nas câmaras municipais e os Ministérios que compõem os setores de governabilidade do Estado, assegurando aos autistas os seus direitos, buscando o fim dos desafios enfrentados por eles. Concerne às famílias, mediante uma boa educação dialética, formar jovens que sejam avessos a qualquer forma de preconceito, com a finalidade de formar um corpo social preparado para acolher portadores de deficiências. Assim, será possível a formação de uma nação em que haja um respeito mútuo entre os cidadãos tanto na esfera judiciária quanto social, de modo que se desenhe um futuro melhor.