Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade liquida” vivida no século XX. Partindo dessa verdade, os problemas sofridos pelas pessoas com autismo refletem o quão arcaica é a visão e o conhecimento social relacionado ao tema imposto. O Brasil é um país de muitas faces, etnias e crenças. A sociabilidade humana experimenta uma transformação de um indivíduo em busca de afirmação no espaço social, situação não diferente do que a vivida pelos autistas. Infelizmente, sem apoio social e governamental, as barreias encontradas por essas pessoas só crescem e deixa ainda mais imposto a ideia já definida por Bauman à respeito da sociedade como um todo. Sob esse viés, o Estado com sua total autoridade e autonomia não busca oferecer informações básicas à sociedade sobre esse distúrbio. Analogamente, o sociedade não busca conhecimento sobre o assunto. A falta de interesse do Estado gera uma ignorância por parte da população, que de mãos atadas, prefere simplesmente ignorar o fato da exclusão dessas pessoas pertencentes à esse grupo. Diante do exposto, cabe ao Estado e às instituições de ensino o papel de deliberar acerca desse distúrbio, que já atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil. Convenções, palestras, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o autismo, principalmente pais de crianças que sofrem com esse distúrbio, devem ser realizadas para que a sociedade possa compreender um pouco mais sobre o tema. Afinal, todos tem direito de conquistar seu espaço social e isso não deve ser diferente para quem possui autismo.