A dificuldade de interação, isolamento social, capacidade linguística afetada. Nos portadores de transtorno do espectro do autista, essa sequência torna-se frequente e inalterada. Entretanto, a problemática que afeta essa minoria deve ser resolvida e minimizada na sociedade brasileira. De um lado, a inexistência de um sistema educacional eficiente para os autistas. Do outro, em pleno século XXI, os autistas são rotulados como pessoas excêntricas e pouco desenvolvidas cognitivamente, tendo em vista, a discriminação enraizada na sociedade. A princípio, é valido ressaltar que as escolas públicas ou privadas não podem rejeitarem alunos com autismo. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), as instituições são obrigadas a incluírem pessoas com deficiência nos colégios. Entretanto, devido ao desgaste emocional dos educadores em lecionar aulas para portadores de autismo, é cobrado um valor adicional na mensalidade, os professores tendem a não conseguirem de forma eficiente instruir seus alunos por falta de conhecimento da deficiência. Desse modo, contrariando as normas do estatuto da pessoa com deficiência, que assegura o direito da educação igualitária para todos. Além disso, a visão segregacionista da sociedade em considerar o autismo como indivíduos inaptos ou reclusos, só tende a aumentar o preconceito. Segundo o Pierre Bourdieu, sociólogo contemporâneo, as representações sociais são definitivamente influenciadas pelas ideias, valores e ideologias existentes anteriormente na população. Considerando o pressuposto do pensador, a sociedade tem que se reiterar nos seus valores que tange essa deficiência, pois já existe comprovações cientificas que os portadores de autismo podem realizar todas as atividades educacionais e cotidianas, mas a discriminação tem que ser combatida e enfrentada para elas terem uma vida mais digna. Em síntese, é importante que o Ministério da Educação crie um curso de instrução ao autismo destinado para os profissionais da educação da rede pública e privada, que tenha como objetivo ensinar os professores como conduzir as aulas, desenvolver as potencialidades e fortalecer as atividades educacionais em grupos para uma maior interação sociais dos autistas. Além do mais, as mídias sociais e programas televisivos divulguem mais o cotidiano das pessoas com autismo, por meio, das novelas e propagandas.