A Constituição Federal, no artigo 5º, estabelece o princípio da isonomia, em que prevê que todos sejam tratados de maneira igualitária perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Contudo, quando se observa a inexistência de políticas públicas para dirimir as mazelas sofridas pelas pessoas autistas, infere-se que esse ideal constituinte é válido, somente, na teoria. Mormente, cabe salientar que poucos professores são, decerto, capacitados para lecionar aos portadores do espectro autista, visto que 52% dos professores na rede pública não completaram o ensino superior, segundo o censo da educação. Ademais, Nelson Mandela, ganhador do Nobel da paz, ressaltava que a educação é a arma mais poderosa para transformar o mundo. Desse modo, baseado no princípio da isonomia, o diferente deveria ser tratado diferentemente, possibilitando, assim, a todos uma educação de qualidade. Outrossim, o desconhecimento da sociedade sobre a faculdade mental do autista obstrui a inserção deles no mercado de trabalho, visto que o empregador não o considera capaz de desempenhar de modo eficiente a função. No entanto, desmitificou-se essa teoria, quando o jogador do Barcelona Lionel Messi, eleito cinco vezes o melhor jogador do mundo, revelou que é portador do autismo. Destarte, a conscientização da população é fundamental para reduzir o preconceito, bem como para tirá-los da invisibilidade social. Pode-se perceber, portanto, que cabe ao governo federal, em parceria com o Ministério da Educação, capacitar o docente, por meio de cursos extracurriculares, com o fito de promover uma educação mais inclusiva. Dessa forma, os princípios constituintes serão ofertados, na prática, a todos os brasileiros.