Título da redação:

Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 20/05/2018

De acordo com a OMS, cerca de 1% da população mundial já foi diagnosticada com autismo, um transtorno que gera complicações nas atividades sociais. Infelizmente, os autistas vêm sofrendo com um grave problema que circunda a sociedade atual: sua pouca integração social na sociedade. Isso ocorre devido a vários fatores, como os estereótipos impostos por parte da sociedade e a pouca especialização no âmbito educacional. Sabe-se que os estereótipos impostos aos autistas são um grave fator que corrobora a integração desses indivíduos na sociedade. Como prova disso, pode-se analisar a série americana "Atypical", a qual relata a vida de um adolescente autista e mostra suas necessidades e as imposições que ele sofre. A partir disso, pode-se entender que, ao sofrer com estereótipos, o jovem autista está tendo seu direito à integração social posto mais de lado, sendo excluído de atividades e sofrendo má consequências por ver o mundo de outra forma. Isso revela que os estereótipos impostos colaboram com a piora desse quadro. Além disso, a pouca especialização no âmbito educacional é outro fator que contribui com a falta de integração social do autista. Como prova disso, Luisa Bustamante, mestre em educação especial da UERJ, deixa claro que a maioria das escolas brasileiras não está preparada para receber jovens autistas, pelo fato de não possuirem profissionais especializados em lidar com esses jovens. A respeito disso, pode-se concluir que, sem uma educação adequada, o jovem autista não é bem preparado academicamente, o que irá influenciar em sua carreira profissional, contribuindo com o constante declínio do autista na integração social na sociedade. Isso constata que a pouca especialização no âmbito educacional é um dos motivos para a exclusão do autista nas atividades sociais. Diante dos estereótipos impostos por parte da sociedade e da pouca especialização no âmbito educacional, entende-se o porquê da pouca integração dos autistas na sociedade persistir. Logo, as escolas devem promover projetos conscientizadores, por meio de campanhas, com o intuito de formar cidadãos mais cientes a respeito das idiossincrasias que rodeiam a sociedade atual, como é feito em campanhas anti bullying e preconceito. Paralelamente, o Ministério da Educação deve aprimorar a estrutura educacional para os jovens autistas, já que é desde o ensino básico que o autista tem que se sentir incluído em grupos sociais, com o intuito de dar ao autista uma bagagem que ele possa carregar pelo resto da vida.