Título da redação:

O Brasil que é sentido pelos brasileiros.

Proposta: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 04/05/2018

Apesar dos brasileiros serem conhecidos por diversos países como pessoas alegres e sem preconceito, esse conceito não tem tanta aplicabilidade no próprio país de origem, visto que os brasileiros têm repulsa do que para eles "fogem do normal." Sendo assim, os problemas enfrentados pelos autista tendem a se manifestarem em várias camadas da população, uma vez que as pessoas impõem padrão comum de sociedade. Em primeiro lugar, é crucial refletir sobre o autismo, por se tratar de uma doença no qual o diagnóstico é tardio, ou seja, ocorre por volta de dois ou três anos de idade, quando é notado pela família com a falta de interação pela criança, circunstância essa que já tem forte peso para o tratamento, outro fator entra em cena: a desqualificação por parte dos profissionais da educação. Além de ser um aspecto relevante para o desenvolvimento cognitivo, é um problema que também afeta na interação social, pois incluir a criança autista no ambiente escolar requer atuação especializada, individualizada e específica. Ocorrências essas, dificilmente acontecem no cotidiano escolar. Desse modo, as relações de aprendizagem significativas e de convívio social são prejudicadas, pois perpetua-se a baixa qualidade de ensino e preparo profissional. Em consonância com o que foi exposto acima, isso tende a refletir na vida adulta dos autistas, visto que pela precária educação que lhe foram ofertada é impossível ter uma mão de obra qualificada. Em decorrência disso, vínculos entre autista e não autistas permanecem longe de se formarem, tendo como consequência a exclusão não só do mercado de trabalho, mas também da inserção social. Desse modo, Paulo Freire estava certo quando disse que "mudar a educação é difícil, mas é preciso. Isso tem forte relação com o que se presencia nos dias atuais, à vista disso a desigualdade de oportunidade cresce de forma vertiginosa em relação aos autistas. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que a educação é o principal alicerce para a consolidar relações sociais, haja vista que ela oferece várias formas de reverter desigualdade social. Com base nisso,cabe aos governantes em parcerias com o MEC reformularem a educação voltada para os autistas, seja começando pelos professores, ofertando especialização em educação especial, tendo como finalidade melhor qualidade educacional, ou através da reformulação do projeto político pedagógico, em consenso com as secretárias estaduais de cada estado brasileiro, discutindo os melhores métodos de ensino para obter melhores resultados de aprendizagem. O Poder Legislativo pode atuar nessa causa, criando leis para cotas de emprego destinadas aos autistas, tendo como objetivo inserir àqueles que não tiveram uma base educacional. Desse modo, vale saber o grau de interesse por parte dos governantes, uma vez que educação não é tratada como prioridade no Brasil.