Título da redação:

O absentismo do governo e o autismo no Brasil

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 08/05/2018

Faltava acuidade de raciocínio quando se falava a respeito de indivíduos autistas no Brasil. Era vislumbrado um arvoredo, mas não as particularidades das árvores que estavam ali. Isto é, todos estavam enxergando um conjunto de problemas que envolviam a ausência de deferimento de pessoas com diagnóstico de autismo, porém poucos iam a fundo nos detalhes sobre a falta de resolução governamental. Antigamente, as instituições não governamentais, criadas por pais e familiares de autistas, incentivavam o ativismo, o auxílio mútuo e o conhecimento acerca desse transtorno. Esses organismos privados vieram de modo paralelo às instituições filantrópicas governamentais, que infelizmente eram insuficientes no país, assim como os recursos públicos. A política pública para saúde mental de crianças e adolescentes, no Brasil, surgiu com tardança no início do século XXI. Em 2012, graças à luta de Dayan Saraiva Piana, autista e ativista, a Lei Berenice entrou em vigor, assegurando a inclusão de quem sofre o transtorno e a capacitação de profissionais de saúde e educação com os mesmos. Ainda hoje há uma grande desinformação sobre o TEA (transtornos do espectro autista), atendimentos desfavoráveis e uma desigualdade social que envolve os portadores desse transtorno. Por efeito disso, existem brasileiros que, com uma idade mais avançada, ainda não foram diagnosticados. Com o ativismo realçando esse assunto, a expectativa é que o governo brasileiro extinga o seu absentismo e cumpra a legislação para melhores atendimentos.