A dificuldade de se comunicar, de se socializar e a realização de atividades repetitivas. Assim se concebem alguns dos aspectos das pessoas portadoras do autismo. Se, por um lado, mesmo que essa condição não seja de conhecimento recente, por outro, somente no governo Dilma é que ocorreu a lei titulando-a como deficiência. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas vertentes sobre essa questão: a falta de conhecimento e de preparo no âmbito social e da saúde. É fato que existem muitos mitos sobre o autismo, como a atribuição de culpa às mães sobre o comportamento dessas crianças. No seriado “Big Bang Theory”, tem como um dos seus protagonistas, o físico Sheldon, em que suas atitudes remetem de certa forma a ação de auto funcionais, demonstrando dificuldade em se comunicar, obsessão por rotinas e a facilidade em ciências exatas. Associando o seriado ao meio social, assim como na ficção, a família, as escolas e até a área da saúde não sabem lidar com essas pessoas, em decorrência do não entendimento do modo que os autistas pensam, o que coloca em xeque uma sociedade ineficaz no exercício da cidadania conforme as diferenças. No mesmo viés, se não bastasse à falta de conhecimento sobre a temática, no Brasil, existe uma insuficiência no sistema público. Segundo o cantor Caetano Veloso, Narciso acha feio o que não é espelho, desse modo essa afirmação pode ser associada à falta de investimento no que tange o autismo, pois os indivíduos não investem em algo que não conhecem. Nessa dinâmica, existem poucos médicos, no Brasil, engajados nessa causa e faltam escolas públicas e privadas, que apresentam integração de crianças e de jovens autistas. Isso gera prejuízos no tratamento, dos portadores de autismo, que tem o intuito de minimizar os sintomas da deficiência e de promover o desenvolvimento das inteligências, que estão em menores taxas. Em razão disso, o Governo Federal junto com a mídia engajada deve promover propagandas, nas redes sociais, explicando o que é o autismo e mostrando os exemplos de artistas famosos, como Bill Gates, essa divulgação promoveria o conhecimento social sobre essa deficiência, o que auxilia no conhecimento do modo de agir em relação às pessoas autistas e na desmitificação de ser uma doença. Além disso, nas escolas, deve haver salas, após o ensino regular, direcionadas aos alunos autistas, com atividades recreativas, que promovam o desenvolvimento emocional e social.