Título da redação:

Do preconceito ao compreendimento

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 21/05/2018

O dia 2 de Abril é instituído pela ONU como o dia mundial da conscientização do Autismo, porém, nem sempre foi assim, apenas em 1993 o autismo foi adicionado à classificação Internacional de Doenças da OMS. Como disse Uta Frith “Um transtorno descrito recentemente não é necessariamente um transtorno novo” o autismo sempre existiu. O preconceito e a falta de compreensão da população sobre o assunto só aumentam as barreiras enfrentadas pelos autistas na educação e na busca por empregos. A dificuldade de interagir e reagir a expressões e emoções dificulta o processo de aprendizagem do autista. O autismo apresenta-se em vários graus afetando, principalmente, o comportamento e a comunicação do indivíduo, para alfabetizar alguém com autismo é necessário conhecer seus medos e o que desperta o seu interesse. Engana-se quem pensa que os autistas são pessoa que não possuem competência para alguma atividade, muito pelo contrário, por serem metódicos costumam desenvolver habilidades específicas como, por exemplo, gostar de matemática ou de astronomia. Outro obstáculo a ser enfrentado é a carência de autistas no mercado de trabalho, reflexo das poucas oportunidades que recebem. Existem hoje mais de 2 milhões de autistas no Brasil e, a maioria, não recebe um tratamento especializado que envolva profissionais que orientem familiares e ajudem no desenvolvimento da linguagem e da comunicação dos autistas. Assim, acabam sendo taxados de inaptos, aumentando ainda mais a rejeição e o preconceito sofrido. Torna-se claro, portanto, a importância da educação no desenvolvimento dos autistas. É necessário que os órgãos Públicos invistam na capacitação de professores para melhor trabalharem na alfabetização de crianças com autismo. Também é fundamental que criem Leis de cotas trabalhistas para inserir os autistas no mercado de trabalho. Somente com iniciativas como estas o autismo deixará de ser visto com rejeição e passará a ser compreendido, como na frase da editora Autismo Ávila: “O autismo não se cura, se compreende”.