Título da redação:

Desafios dos portadores de autismo

Tema de redação: Os dilemas encarados pelas pessoas autistas na sociedade brasileira

Redação enviada em 22/05/2018

A série americana de televisão “The Good Doctor”, tornou-se notória no final do ano passado, ao narrar a vida de um jovem neurocirurgião prodígio que possui autismo; e os dilemas que enfrenta em sua profissão devido ao seu transtorno de desenvolvimento. Simultaneamente, a Netflix, produziu uma série que retrata a vida de um jovem autista em busca da própria independência, chamada Atípico. São duas histórias diferentes que retratam graus de autismo distintos; porém, escancaram a importância da discussão, que é praticamente inexistente, e da compreensão desse transtorno, que torna-se cada vez mais comum na sociedade contemporânea. Os espectros autistas têm sido traçados nas últimas décadas através da evolução da medicina e da psiquiatria. A síndrome autista compromete vários aspectos da comunicação, além de influenciar o comportamento do indivíduo. Pouco se sabe sobre esse transtorno e suas causas e os pacientes têm dificuldades em obter um diagnóstico preciso e um tratamento. Os impasses no tratamento, residem, sobretudo, na falta de profissionais qualificados para lidar com o transtorno, principalmente na rede pública. O problema se estende desde a formação médica que não inclui o ensino sobre a síndrome aos pediatras e o déficit de profissionais capacitados em utilizar o tratamento mais recomendado em casos de autismo, a Terapia Comportamental. Em contrapartida, em dezembro de 2012, alguns direitos dos autistas passaram a ser assegurados pela Lei 12.764; que reconhece que os portadores de autismo têm os mesmos direitos que todos os outros pacientes com necessidades especiais e garante que os autistas podem frequentar escolas regulares e, se necessário, solicitar acompanhamento. Apesar dos significativos avanços na legislação, a inclusão de autistas no meio educativo e no mercado de trabalho ainda é um desafio. Logo, medidas são necessárias para resolver os impasses; o estudo do autismo e a especialização de pediatras nesse assunto é deveras importante, portanto, as faculdades de medicina devem inserir esse estudo em suas grades curriculares. O Governo deve agir por meio de investimentos em programas de tratamento, como o Programa do Transtorno do Espectro Autista, afim de democratizar o acesso a um tratamento eficiente a todos os portadores de autismo e, através, do Ministério da Educação promover palestras de cunho educativo aos estudantes brasileiros e também aos pais para que entendam o que de fato é o autismo, já que a informação é essencial para lidar com o diferente e os governos estaduais devem assegurar aos autistas educação de qualidade que os capacite para o mercado de trabalho onde por meio de medidas socioeducativas promovidas pela associação de empresas a esses programas financiados pela União encontrarão oportunidades, assim através dessas ações, a inclusão dos portadores de autismo a todos os parâmetros sociais poderá ser garantida.