A série norte-americana “Atypical”, mostra a rotina e dilemas protagonizados por Sam, um garoto autista de 18 anos. Embora passe pelos problemas comuns aos jovens, o personagem lida com o mundo de uma forma diferente. É justamente essa a maior dificuldade enfrentada pela população autista: a incompreensão de seu “universo particular”. O Transtorno do Espectro Autista, refere-se à uma série de condições características, bem como diferenças únicas. Em cada paciente, a condição pode se manifestar de uma forma e em diferentes intensidades. Tais singularidades, por vezes, dificultam o diagnóstico precoce do distúrbio, que leva à uma objeção ao tratamento, iniciado preferencialmente já na primeira infância. Após o diagnóstico, tem início a luta pela inclusão social e educacional. Por lei, a criança autista tem direito à um professor-acompanhante em sala de aula. No entanto, por necessitarem de um plano de estudo específico, que muitas vezes não é adotado, muitas não conseguem se adaptar ao ambiente escolar. A família, sem acompanhamento, acaba privando as mesmas de irem à escola ou de se relacionarem, o que é tão prejudicial quanto a discriminação, visto que é na infância que se inicia os relacionamentos interpessoais. Portanto, é de suma importância o reconhecimento do transtorno autista na primeira infância. O Ministério da Educação deve, desse modo, estimular o Programa Educacional Individualizado. Por meio de um acompanhamento psicopedagogo, o professor deve discutir, juntamente com a família, quais conhecimentos devem ser aprendidos e estabelecer metas à curto e à longo prazo. Em reuniões mensais, devem ser elaboradas estatísticas, a fim de que as potencialidades do autista sejam exploradas, e esse se sinta incluído no ambiente escolar, e posteriormente, social e econômico.