O autismo foi classificado como doença apenas em 1993,pela Organização Mundial de Saúde (OMS).O atraso no reconhecimento desse transtorno pela OMS possui reflexos nos dias atuais,na medida que a dificuldade de aceitação das famílias somada ao despreparo das escolas contribuem para a exclusão social do autista. A priori vale-se ressaltar que a família, segundo Durkheim, é o primeiro e por isso um dos mais importantes órgão de socialização do indivíduo,ou seja,tal grupo é fundamental na formação de cada ser.Logo ela é indispensável no processo de crescimento dos autistas,porém,devido a pouca discussão existente a cerca da doença permeia-se um sentimento de descriminação sobre ela.Esse sentimento dificulta o processo de aceitação das famílias e faz com que os tratamentos ocorram tardiamente,agravando a situação de formação da criança e os pais não sabem como agir em tal caso. Dessa forma o órgão,que de acordo com Durkheim atua de maneira primordial na construção cognitiva do ser humano,falha em parte ou totalmente nesse processo devido a falta de informação adequada e,por conseguinte, prejudica a inclusão dessas pessoas. Além disso, as escolas não possuem estruturação adequada e profissionais preparados para lidarem com os autistas. Diante disso, mais um empecilho aparece para favorecer a exclusão social desse grupo,visto que o ambiente escolar é de extrema importância para o desenvolvimento dessas pessoas.Pois, é nos colégios que as habilidades da criança e seu relacionamento social são desenvolvidos, logo o papel da escola é essencial na formação desses indivíduos. Então, já que, há uma exclusão social dos autistas é necessário que esta situação seja revertida.Dessa forma o Ministério da Saúde juntamente com a mídia deve fornecer uma maior informação a cerca do transtorno,de forma a desconstruir a visão preconceituosa existente,e isso será feito através de campanhas,palestras e folhetos informativos de amplo alcance.E o Ministério da Educação deve investir na formação dos profissionais através de curso especializantes para que haja um melhor aprendizado e uma melhor desenvoltura dessas crianças.