A preocupação com a questão dos desafios dos professores brasileiros está presente na contemporaneidade. Considerando esse contexto, podem ser discutidos: a violência no ambiente escolar, as salas superlotadas, o desinteresse e a indisciplina por parte dos alunos, além da desvalorização do profissional educador. Em primeiro lugar, é preciso analisar a violência no ambiente escolar. Em uma enquete realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores brasileiros disseram serem vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Este é o índice mais alto entre 34 países pesquisados. A média entre eles é de 3,4%. Sendo que em alguns países como Coréia do Sul e Malásia, o índice é igual a zero. Sabendo disso, pode-se perceber a extrema diferença referente ao respeito para com o professor em países distintos. Além disso, faz-se atentar para as salas superlotadas aliadas ao desinteresse e a indisciplina por parte de a maioria dos alunos. Isso porque para o sistema educacional brasileiro, salas cheias significam menores gastos com contratos de profissionais da educação e por conseguinte, menor qualidade no ensino. Vale, ainda, destacar a desvalorização do professor. Na enquete anteriormente citada, foi revelado que apenas um em cada dez docentes brasileiros (12,6%) acredita que a profissão é valorizada pela sociedade. A média global é de 31%. Considerando o que foi discutido, fica evidente, portanto, que é essencial à sociedade enfrentar junto com os professores, os desafios escolares. Afinal, é necessário aumentar os salários dos educadores, liberar mais verbas para a educação, sancionar leis que protegem a integridade física e psicológica destes profissionais, além da punição mais severa àqueles estudantes que optarem por indisciplina constante. Desta forma, mestres se sentirão mais apoiados e dispostos ao trabalho.