No século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig, fugindo da perseguição nazista na Europa, radicou-se no Rio de Janeiro, onde escreveu um livro cujo título é até hoje proferido: Brasil, país do futuro. Entretanto, quando constatamos os obstáculos enfrentados pelos professores nas salas de aula brasileiras, percebe-se que o pressuposto não saiu do papel. Nesse sentido, é imprescindível entender as verdadeiras causas desse problema para solucioná-lo. Mormente, é preciso ressaltar a crescente desvalorização do professor no Brasil hodierno. Antigamente, o profissional da educação era visto como um “mestre”, que possuía total respeito e autonomia. Porém, na contemporaneidade, é possível perceber que os educadores se transfiguraram de figuras soberanas para irrelevantes, haja vista que esses passaram a ser desrespeitados pelos alunos, ditadores da própria disciplina em sala de aula. Assim, o fortalecimento do pensamento de superioridade do estudante, funciona como forte base de diminuição da imagem do docente. Outrossim, a questão constitucional e sua aplicação encontram-se na raiz da conjuntura. Segundo Aristóteles, a política deve ser usada, de modo que, por meio da justiça, seja alcançado um equilíbrio na sociedade. Todavia, a violência praticada contra os pedagogos em ambiente escolar rompe essa harmonia, pois muitos professores deixam de efetivar as denúncias das agressões sofridas por serem intimidados. Dessa forma, evidencia-se a importância do reforço da prática de regulamentação como forma de combate à problemática. Destarte, para amenizar a situação, o MEC deve instituir nas escolas matérias como educação de valores, que busquem formar indivíduos mais respeitosos e conscientes. Ademais, o Governo Federal em parceria com a Mídia, deve incentivar, através de campanhas, a denúncia de casos de violência escolar. Assim, a profecia de Zweig poderá se tornar uma realidade no país.