Os professores do mundo todo enfrentam o desafio de acompanhar as novas tecnologias e incorporá-las na dinâmica do ensino, pois caso não o façam ficarão obsoletos. Ao caso do Brasil é somada a precária condição de trabalho desse profissional, o que gera uma cobrança desproporcional a sua realidade. É inerente ao magistério o constante estudo dos avanços de sua área (química, física, educação física, ...). Contudo, nossa forma de interação também está mudando no ritmo das mudanças tecnológicas, o que cria um distanciamento do professor e seu conhecimento para com o aluno habituado a velocidade das novas práticas de interação quando o professor domina alguma nova ferramenta, essa torna-se obsoleta. Para auxiliá-lo são necessários constantes cursos voltados especificamente às novas propostas didáticas, as quais não estão presentes na sua formação universitária. O desafio tecnológico é apenas um entre tantos outros no contexto do educador brasileiro. Salas de aulas superlotadas, as quais impedem um trabalho com qualidade, pois o professor não é capaz de atender adequadamente todos os alunos; o menor salário entre as profissões que exigem ensino superior, desestimulando o docente; escolas sucateadas, sem carteiras, sem papel, sem condições de acolher o aluno, gerando a evasão escolar. Sem a resolução dessas questões um professor “high-tech” dificilmente vencerá seu maior desafio, a aprendizagem plena do aluno. Esses problemas podem ser resolvidos de duas formas. A primeira é a restruturação do magistério por meio de lei federal, na qual se estabeleça um piso salarial justo, um limite de alunos com os quais o professor se responsabilizará num período letivo e também garanta ao professor constante acesso à cursos de aperfeiçoamento. A segunda forma é aumentar o orçamento público para a educação com o fim do congelamento de 20 anos do investimento na educação estabelecido no governo Temer, melhorando as escolas e dando dignidade ao trabalho do professor.