Nicolau Maquiavel defendia a teoria de que apenas as regras não bastam, uma vez que por muitos elas não são seguidas, precisando assim de outros fatores em conjunto para que isso aconteça de maneira apropriada. A realidade educacional brasileira não foge à essa tese. O sistema educacional do Brasil se encontra com a relação entre pais, alunos e professores em uma situação deplorável onde reina-se a falta de respeito e o excesso de violência, seja ela de origem verbal ou física, sendo os educadores as principais vítimas e os alunos criados em ambientes decrépitos - que influenciaram diretamente em seus desenvolvimentos - os principais causadores desses transtornos. A superlotação das salas de aula e o descontrole com o uso da tecnologia pelos alunos na mesma é outro agravante na relação citada anteriormente, tornando o que deveria ser um ambiente de aprendizado em uma zona de guerras interpessoais e destacando que o conhecimento também é prejudicado. Dito isso, há uma necessidade perceptível de uma combinação de interesses entre a tríade escola, Estado e família: onde uma instituição de encarregaria do ensino e da autoridade sobre o estudante ( podendo se associar à órgãos públicos como o Conselho Tutelar ), a outra se encarregaria dos investimentos nesse setor e, consequentemente, na melhoria da qualidade do mesmo enquanto a última instituição deveria assumir um papel mais ético e ativo na vida em sociedade das últimas gerações. Como o desrespeito ao professor - ou à qualquer outro cidadão - fere aos direitos humanos e aos caminhos para o conhecimento, essa face da educação brasileira precisa ser exilada do país.