O professor contemporâneo é a reformulação dos filósofos da antiguidade, que tinham em seus discípulos – chamados por Aristóteles de peripatéticos –, os alunos sedentos pelo saber. Entretanto, a globalização e o alto fluxo de dados, proporcionados pelo século XXI, respingaram em tal relação histórica. O grande desafio do professor na contemporaneidade, dessa forma, é a nova tipologia de alunos; que ao encontrarem condições de encontro aos seus ideais, desmotivam-se. Sob a ótica sociológica, o aluno como elemento modulador da sociedade, rearranjou as relações escolares. A pangeia tecnológica e informativa, repulsa o ensino tradicional inerte pautado na metodologia arcaica, uma vez que, clama pela evolução. Segundo o artigo publicado pelo jornal O Globo, o atual modelo de ensino brasileiro não prepara os jovens para a vida, visto que, objetivam apenas a avaliação sob forma de provas, excluindo a pratica do conteúdo assim como o desenvolvimento do estudante. O atraso na erradicação da problemática, se equilibra em pilares distintos. Com os tempos de aula reduzidos ao máximo, a falta de apoio governamental, em consonância ao elevado excedente de alunos e turmas para lecionar, o professor no Brasil torna-se uma máquina. Assim sendo, o profissional propaga informações em aulas desestruturas; os múltiplos fatores coercitivos externos, sobrecarregam o professor contemporâneo, que em alegoria a uma célula, falha na função de fagocitar alunos. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação deve reavaliar o currículo escolar, por meio de auditoria pública – com a presença de todos os interessados – a fim de dividi-lo de forma igualitária por disciplinas, amenizando seu formato fragmentado e hierárquico. Tal qual, as unidades de ensino com apoio do governo local, trabalhariam em medidas internas para resolução do excedente escolar, através de transferências ou abertura de novas turmas, visando o bem-estar social. Em síntese, com o amparo necessário ao professor, este melhor se condicionará, em exercer sua profissão.