Seja pela ilusão proporcionada pelas mídias e tecnologias de que a juventude deve ser sempre prazerosa e despreocupada com compromissos, os alunos não desenvolvem submissão para ceder, em média, 8 horas de seus dias para os professores. Logo, se antes a figura do educador era associada com autoridade e respeito, atualmente, esses jovens desprezam a instituição escolar como um todo, sendo incapazes de cumprir seu dever de se colocar na posição de aprendizes. No Brasil, esse quadro se agrava quando é levado em consideração a estrutura física das escolas públicas. Se o professor, percebendo esse desinteresse generalizado, decide se utilizar de ferramentas mais atraentes para os alunos, como filmes, apresentações em slides, músicas, ou até aulas de campo, ele encontrará diversas dificuldades para impedi-lo. Além dos desafios de tentar adaptar um modelo de ensino já estabelecido, ele ainda tem que lidar com a falta de materiais que poderiam despertar a curiosidade em suas aulas. No entanto, é imprescindível que os próprios estudantes estejam cientes de suas responsabilidades e também tentem contribuir positivamente para essa relação. Reconhecer as áreas de sua preferência, aceitar que nem todas as matérias serão de seu agrado e ainda assim, se sujeitar aprendê-las é fundamental para a convivência saudável entre alunos e professores à medida que favorece um ambiente escolar mais harmônico. Fica claro, portanto, que é necessário um processo de alterações no padrão de educação vigente. Isso pode ser alcançado com iniciativas do Ministério da Educação por intermédio de solicitação de investimentos municipais e estaduais a fim de suprir a carência desses materiais. Além disso, seria ideal a participação das famílias dos alunos, cumprindo a função de ensiná-los a ter a humildade de compreender suas obrigações de respeitar seus professores.