“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, segundo o ex-presidente Nelson Mandela. Todavia, o Brasil enfrenta, na hodiernidade, falta de incentivo nesse importante quesito. Nessa conjuntura, a precariedade de ensinos nas escolas em todo o território brasileiro, vinculados aos inúmeros casos de violência a professores observados nas salas de aula, está constituindo entraves para a evolução social do Brasil, necessitando de atenção governamental minuciosa, a fim de solucionar essa intempérie. É inegável que a sociedade mudou sua cultura após a Revolução Técnico-científico-informacional na década de 70. Nesse contexto, os focos das pessoas, principalmente dos jovens ,se transformaram, aumentando as atenções nas redes sociais, e deixando os estudos em planos secundários. Essa visão facilitou o crescente desinteresse de alguns discentes em aprenderem matérias que poderão transformá-los em sábios, sendo boa parte apenas alienada. Além disso, Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro na década de 80, construiu durante o seu mandato diversos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) com o intuito de tornar o ensino integral e ocupar a mente dos jovens com várias atividades extracurriculares. Entretanto, com a entrada de novos políticos, seu projeto foi sucateado, restando hoje escolas públicas de turno único e marcadas pelas constantes ausências de professores. Trata-se de ambientes, em geral, em que o respeito ao mentor é inexistente. Diariamente noticiários televisivos relatam casos de violência a mestres do conhecimento, de forma que estatísticas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que 12,5% dos professores ouvidos no Brasil se disseram vítimas de agressões verbais ou intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Dessa forma, o resultado pôs o Brasil no topo do ranking de violência em escolas. Nesse panorama, alunos, em muitas ocasiões, são forçados a irem a instituições de ensino, e o descontentamento faz com que muitos atrapalhem o andamento das aulas, apenas ficando conectados no mundo virtual. Para contribuir com o desestímulo dos docentes, além de trabalharem em salas que geralmente estão superlotadas, seus salários não são valorizados em boa parte dos locais, e o atraso a pagamentos devido à crise financeira vivenciada na contemporaneidade está reduzindo a vontade das pessoas de seguirem magistério algum dia. Infere-se, portanto, a necessidade de o Ministério da Educação aumentar o piso salarial dos professores, de modo que os profissionais possam viver dignamente. Outrossim, escolas devem estimular projetos de reconhecimento da importância dos docentes no processo de formação de caráter e sabedoria dos indivíduos. Para que isso ocorra, famílias precisam educar melhor as crianças a respeitarem todas as pessoas. Por fim, a mídia, por ser um dos principais formadores de opinião, deve enaltecer a figura dos mentores através de programas como novelas para que, destarte, a sociedade valorize os princípios de Nelson Mandela.