Na série de televisão norte-americana chamada Breaking Bad, é retratado a história de um professor de química que após ser diagnosticado com câncer, abandona o emprego e inicia uma vida criminosa com a finalidade de pagar o tratamento que não poderia arcar com o salário que recebia, já fora da telas, isso é uma realidade no Brasil. É possível afirmar que uma boa nação é aquela que sabe valorizar o professor, pois este exerce um papel fundamental na construção de uma sociedade e funções que vão além de sua profissão, mas que contudo não são devidamente remunerados e reconhecidos pela falta de investimento. No que se refere à má remuneração do professor, podemos perceber que esta tem raízes históricas. Desde os antepassados eles eram considerados como exemplos do saber, uma profissão exercida por quem queria ensinar e não pelo valor a ser recebido. Porém, este pensamento não se modificou em consonância à função exercida por esses profissionais. Os resultado são professores com extensas jornadas de trabalho em várias escolas, juntamente com a precariedade das estruturas de ensino advindas da carência de investimento. Um exemplo claro é a atual situação que se encontra a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, um dos principais centros de educação superior que está depreciado e com os salários do professores atrasados pela falta de verba fornecida pelo Estado. Além disso, eles contribuem na formação desses indivíduos com os mais variados tipos de papéis como o ensino cultural, político e social, visto que, além de ensinar o conteúdo programático, é preciso lidar com diversos problemas e questões socioeconômicas que afetam o desenvolvimento de um aluno.Segundo o filósofo Thomas Hobbes o homem em seu estado natural é mau e este depende dos vetores de força da sociedade para manter a ordem, dentre eles está a educação, que forma cidadãos capazes de exercer sua democracia e construir uma sociedade melhor. Nesse âmbito, faz- se necessário a ressignificação do papel do professor na sociedade, pois de acordo com a escritora brasileira Cora Coralina “Feliz é aquele que transmite o que aprende e aprende o que ensina”. Sendo assim, é necessário que o poder público ceda uma maior parcela dos impostos arrecadados para a educação, juntamente com a administração correta dessa verba pelo Ministério da Educação, incluindo a revisão dos planos de carreira do magistério.