Ao comparar a educação do século passado com a atual percebe-se notáveis diferenças. Disciplina e organização têm-se tornado meros assuntos de debates, mas diversas vezes não são colocados em prática, prejudicando não só o desempenho dos alunos em sala de aula, mas também os professores que encontram dificuldades em ministrar suas lições. É perceptível que o ambiente escolar transformou-se muito nos últimos anos. A ordem que, segundo a teoria do positivismo leva ao progresso, foi sendo rejeitada e o que se nota são alunos que não se interessam pelas aulas, preferem manusear um aparelho eletrônico a se concentrar na matéria, professores têm sua autoridade questionada e ainda precisam disputar a atenção dos discentes com os celulares, conversas paralelas, etc. Assim sendo, é comum ouvir que a deficiência da educação é fruto da incapacidade de lecionar dos docentes, porém é necessário analisar o outro extremo da situação, no qual os alunos se autoprejudicam escolhendo dedicar mais tempo ao que lhes parece mais atrativo. Com isso, os professores desperdiçam carga horária disciplinando o estudante enquanto poderiam estar fornecendo conhecimento ao indivíduo. Como já dizia Immanuel Kant o ser humano é aquilo que a educação faz dele e para tanto, é necessário querer recebê-la. Portanto, o governo poderia investir na fiscalização da sala de aula com câmeras, monitores, contratar professores especializados para cada nível escolar, oferecer um lugar com boas condições de estudo. Os professores, por sua vez, inovar na forma de ministrar com atividades mais lúdicas e participativas, contextualizar os assuntos, mesclar métodos tradicionais de ensino com tecnologia, enfocar o diálogo para tentar compreender o universo dos alunos e os estudantes tomar consciência de que a educação é importante para formação do caráter e de um mundo melhor.