O professor é essencial ao desenvolvimento econômico do nosso país, pois o conhecimento é a moeda mais valiosa na era da informação e o professor é o responsável em aumentar esse capital. Contudo, no Brasil, esse profissional recebe péssimos salários e exerce sua atividade em condições precárias, até estando sujeito à violência por parte dos próprios alunos. Caso o Poder Público não tome as devidas providências nunca deixaremos de ser uma nação emergente. Nesse sentido, é notória a baixíssima remuneração de quem leciona no ensino público, por exemplo, de acordo com os dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil, com relação aos salários dos professores da esfera pública, é o antepenúltimo colocado, entre 44 países avaliados, estando na frente somente da Indonésia e da Hungria. Logo, essa desvalorização leva muitos a abandonar a profissão já na universidade, o índice de evasão nos cursos de licenciatura chega a 39% e a demanda por desses cursos na universidade caiu 50% a UFMG. Diante disso, é flagrante o descaso do Governo com o educador. A desvalorização não é só no âmbito financeiro, as agressões de alunos aos docentes são alarmantes. Também de acordo coma OCDE, o Brasil está no topo do ranking de violência contra o professor, 12,5 % dos profissionais ouvidos relatam frequentes agressões verbais e intimidação de alunos. Além de casos de agressões físicas, como aconteceu com a professora Marcia Friggi de Santa Catarina, que são cada vez mais frequentes. A atividade de ensinar, que é a base para todas as outras, está abandonada e precisa de mudanças imediatas e eficientes por parte da sociedade. Diante desse quadro, portanto, a primeira medida a ser tomada pelo Governo Federal é aumentar o piso salarial dos professores por meio de lei, para garantir o cumprimento por parte dos estados e municipais, além de fornecer mais verba nesse sentido a essas unidades federativas. O segundo passo é a valorização da imagem do professor por meio de propagandas governamentais em todos os meios de comunicação, sensibilizando a todos sobre a importância desse profissional. E por fim, Os conselhos tutelares devem identificar os alunos problemáticos e realizar um trabalho pedagógico sobre a relação do aluno e sua família com o professor para que as agressões não se repitam.