Os indígenas foram os primeiros povos a habitar as terras brasileiras, porém, no dia 22 de abril de 1500, colonizadores portugueses ancoraram no território nativo, dando início a uma era de exploração e doutrinação aos aborígenes. Ao passar dos anos, e após muita luta, em 1967 foi criada a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que é responsável pela promoção aos direitos dos povos indígenas no Brasil. Entretanto, o que se percebe é uma "muralha" de desafios que essa minoria enfrenta, seja pela luta para a manutenção de suas terras, quanto pela dificuldade na inserção destes indivíduos na sociedade. A expansão de terras para o desenvolvimento urbano, construção para estruturas destinadas a industrialização e o agronegócio vivem uma ascensão no país, entretanto, estes fatores acabam gerando conflitos entre os habitantes nativos e aqueles que desejam obter a posse da terra, desrespeitando a demarcação do território indígena e até mesmo atentando contra a vida dos índios. De acordo com dados do jornal G1, de 34 mortes por conflitos de terras, 15 são indígenas, concentrada na região norte, nos estados de Roraima e Amazonas. Devido a perda de terras, muitos nativos são obrigados a migrarem para as zonas urbanas em busca de um local para se alojar ou de melhores condições de vida. Contudo, a maioria dos indígenas tem dificuldade para conseguir se inserirem nas cidades, seja para conseguir um emprego, tendo a principal renda baseada no artesanato, ou para ter acesso a serviços públicos como o de saúde, agravados pelo preconceito a estes indivíduos. Portanto, tendo em vista os desafios dos indígenas no mundo contemporâneo, é preciso um maior rigor das leis em relação ao descumprimento das demarcações de terras indígenas e políticas públicas para a inserção de indígenas isolados nos centros urbanos, que seria realizado por órgãos públicos como a FUNAI e com ajuda do governo, com o objetivo de diminuir as barreiras e promover uma melhor qualidade de vida os povos nativos.