A partir do século XV, os índios brasileiros conheceram um período de extermínio cultural e de genocídio, realizados a partir da escravidão e da catequese. Atualmente, o indígena dispõe de órgãos como a FUNAI ( Fundação Nacional do Índio) que instituem e garantem direitos a eles. Porém, o interesse econômico em territórios indígenas bem como o preconceito com a cultura nativa são desafios que assolam e impedem o livre exercício dos direitos dos índios como cidadãos brasileiros. A legislação indígena esbarra em questões de interesse econômico. A capacidade extrativista ou a expansão da agropecuária ameaça as terras dos índios, estimulando conflitos entre nativos e latifundiários, que muitas vezes têm parte de suas terras confiscadas por pertencer aos índios. Como é o caso da construção da usina de Belo Monte,construída em território indígena e que necessitará deslocar estas populações. Bem como das políticas desenvolvimentistas de 1950, que interligaram o Brasil através de rodovias, invadindo territórios indígenas. Além dos fatores econômicos, fatores sócio-culturais como o preconceito desafiam o reconhecimento dos povos indígenas. O preconceito instituído desde a época colonial ainda persiste no ideal brasileiro, a visão do índio como cidadão e parte atuante na sociedade é limitada pelo preconceito sendo assim fraca, diminuindo seu poder de decisão em questões de seu interesse. Além disso, a pouca credibilidade dada à movimentos indígenas por território e melhores condições prejudica ainda mais o reconhecimento desses. Portanto, os indígenas brasileiros ainda enfrentam muitos desafios. Logo, é necessária a criação de leis mais rígidas pela FUNAI que proíbam a exploração e a pratica econômica por empresas ou latifundiários evitando assim a apropriação de terras dos nativos. Além disso, deve-se por meio do Governo Federal criar escolas e postos de saúde próximos e voltados para os cidadãos indígenas, a fim de melhorar as condições de vida destes.