As populações indígenas foram as primeiras habitantes do território brasileiro. Com a chegada dos europeus grande parte dessa população foi dizimada e sofreu um intenso processo de etnocídio, motivado pela visão eurocêntrica dos colonizadores. Na atualidade os índios ainda enfrentam enormes desafios para preservar sua identidade e necessitam de políticas públicas afirmativas mais eficazes para atender essa comunidade. O processo de industrialização nacional originou inúmeros conflitos de terra que prevalecem até hoje e que configuram um dos maiores desafios enfrentados pelos indígenas: a falta de demarcação de território. As invasões de madeireiros, garimpeiros e grandes empresas com o intuito de exploração comercial expulsam essa população que usualmente acabam se deslocando para as cidades e enfrentando situações de miséria e abandono social. A visão pública dessas populações nativas foi tida durante muito tempo sob uma perspectiva assimilacionista que entendia os índios como categoria transitória e passiva de integração nacional. Somente com a Constituição de 1988 a legislação assumiu um caráter multicultural e reconheceu a eles o direito de manter sua própria cultura. No entanto, essa legislação ainda é defasada e precisa estabelecer parâmetros mais claros para garantir melhores condições. A consolidação efetiva da autonomia dos povos indígenas no Brasil precisa estar apoiada em órgãos como a FUNAI(Fundação nacional do índio), para promover e garantir os direitos básicos dessa população. É preciso o Governo Federal estabeleça critérios mais claros em relação ao território dessas tribos e ao uso sustentável da terra, além de incluir fiscalizações mais rigorosas para o assegurar que os mesmos estejam sendo respeitados. Outro aspecto fundamental é que haja uma maior participação na política partidária e nos debates voltados para essa comunidade, afim de que se faça valer o conceito de representatividade e plurietnia nacional.